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Carta à Sociedade

Distribuida no debate da CCTCI da Câmara dos Deputados, 29/05/2008.

Escrito por: Fittel • Publicado em: 29/05/2008 - 00:00 Escrito por: Fittel Publicado em: 29/05/2008 - 00:00

 

Carta à sociedade
 
A Federação Interestadual de Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel) vem a público manifestar que rechaça qualquer corte de posto de trabalho na operação envolvendo as operadoras Oi e Brasil Telecom. Apesar de estar ciente do acordo de manutenção de postos de trabalho pelo período de três anos, a direção da Fittel declara que em uma situação como esta, vários cargos terão sobreposição e uma nova distribuição de pessoal poderá não ser suficiente para absorver toda a mão de obra hoje existente nas duas empresas. Atualmente, a Oi conta com 8.776 funcionários e a Brasil Telecom 5.741 trabalhadores. Este número, portanto, deverá ser o mínimo da nova empresa nos próximos três anos.

Outra questão que deve estar na pauta das autoridades é o agravamento dos problemas na política de telecomunicações. Com uma empresa muito maior que as atuais concessionárias de telefonia fixa, o descaso com o usuário passa a ser maior, a qualidade corre o risco de ficar seriamente comprometida e a competição, definitivamente, não existirá no segmento.

 
A Fittel questiona como será a estratégia da nova empresa para ampliar a qualidade da prestação do serviço ao usuário. Como é público, em algumas regiões, especialmente onde opera a Oi, o serviço de telefonia fixa ainda tem deficiências. É fundamental que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) seja rigorosa na análise dos indicadores, e nós da Fittel estaremos atentos aos índices, pois o usuário, que paga caro, merece, no mínimo ter um serviço de qualidade.
 
Outro aspecto a ser levantado é a competição. Apesar de esforços por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Ministério das Comunicações, a política equivocada do governo FHC ainda é uma herança neste meio.  O usuário da telefonia fixa está sujeito à vontade da operadora local. Com a união das duas maiores empresas neste segmento, o estabelecimento da competição se torna ainda mais complicado. Assim como está a regulamentação, vamos continuar com índices insignificantes de mercado para as empresas espelho e a “Super Tele” terá ainda mais força para adotar a política que achar conveniente diante do usuário.
 
Outra preocupação é a universalização. É até verdade que a telefonia fixa chegou em muitos municípios, porém os valores cobrados pela assinatura básicae a maioria dos serviços prestados não são acessíveis à população de baixa renda, portanto, esta população marginalizada do processo de universalização. Com uma empresa maior, operando em quase todo o país, novamente o usuário de baixa renda será esquecido. Dizer que este usuário é inserido no serviço através da telefonia móvel pré-paga é uma falácia, pois o custo do minuto neste tipo de serviço é o mais caro da telefonia. Isso significa que este usuário tem apenas o direito de receber chamadas e não entrar em contato com outros usuários.
 
Este é o nosso protesto.
 
 
FITTEL
FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DOS TRABALHADORES EM TELECOMUNICAÇÕES
Título: Carta à Sociedade, Conteúdo:   Carta à sociedade   A Federação Interestadual de Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel) vem a público manifestar que rechaça qualquer corte de posto de trabalho na operação envolvendo as operadoras Oi e Brasil Telecom. Apesar de estar ciente do acordo de manutenção de postos de trabalho pelo período de três anos, a direção da Fittel declara que em uma situação como esta, vários cargos terão sobreposição e uma nova distribuição de pessoal poderá não ser suficiente para absorver toda a mão de obra hoje existente nas duas empresas. Atualmente, a Oi conta com 8.776 funcionários e a Brasil Telecom 5.741 trabalhadores. Este número, portanto, deverá ser o mínimo da nova empresa nos próximos três anos. Outra questão que deve estar na pauta das autoridades é o agravamento dos problemas na política de telecomunicações. Com uma empresa muito maior que as atuais concessionárias de telefonia fixa, o descaso com o usuário passa a ser maior, a qualidade corre o risco de ficar seriamente comprometida e a competição, definitivamente, não existirá no segmento.   A Fittel questiona como será a estratégia da nova empresa para ampliar a qualidade da prestação do serviço ao usuário. Como é público, em algumas regiões, especialmente onde opera a Oi, o serviço de telefonia fixa ainda tem deficiências. É fundamental que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) seja rigorosa na análise dos indicadores, e nós da Fittel estaremos atentos aos índices, pois o usuário, que paga caro, merece, no mínimo ter um serviço de qualidade.   Outro aspecto a ser levantado é a competição. Apesar de esforços por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Ministério das Comunicações, a política equivocada do governo FHC ainda é uma herança neste meio.  O usuário da telefonia fixa está sujeito à vontade da operadora local. Com a união das duas maiores empresas neste segmento, o estabelecimento da competição se torna ainda mais complicado. Assim como está a regulamentação, vamos continuar com índices insignificantes de mercado para as empresas espelho e a “Super Tele” terá ainda mais força para adotar a política que achar conveniente diante do usuário.   Outra preocupação é a universalização. É até verdade que a telefonia fixa chegou em muitos municípios, porém os valores cobrados pela assinatura básicae a maioria dos serviços prestados não são acessíveis à população de baixa renda, portanto, esta população marginalizada do processo de universalização. Com uma empresa maior, operando em quase todo o país, novamente o usuário de baixa renda será esquecido. Dizer que este usuário é inserido no serviço através da telefonia móvel pré-paga é uma falácia, pois o custo do minuto neste tipo de serviço é o mais caro da telefonia. Isso significa que este usuário tem apenas o direito de receber chamadas e não entrar em contato com outros usuários.   Este é o nosso protesto.     FITTEL FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DOS TRABALHADORES EM TELECOMUNICAÇÕES



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