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O PARCEIRO

Sinttel-RS completa 75 anos de história. Empresas, Governos, Partidos, tudo isso passa. Só o sindicato fica

Escrito por: Imprensa Fitratelp • Publicado em: 21/07/2016 - 08:25 Escrito por: Imprensa Fitratelp Publicado em: 21/07/2016 - 08:25

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O Sindicato dos Telefônicos do RS foi fundado em 1941, junto com o reconhecimento dos sindicatos pelo governo Vargas. Porém, não nasceu do dia para noite. Foi idealizado ao longo de duros anos de sofrimento, mortes e desrespeito aos trabalhadores. No ano de 1939 surgiu o seu embrião, com a criação da Associação dos Trabalhadores da Companhia Telefônica. Neste período, em que o mundo relembrava a brutalidade da guerra mundial, os telefônicos gaúchos eram explorados por uma companhia norte-americana. Nos anos seguintes, muitos foram os percalços que os trabalhadores enfrentaram, desde a ilegalidade até a intervenção militar. Também foram muitos os momentos de glória, com reconhecimentos clássicos de lutas justas. Nos primeiros quinze anos de vida, dentro ainda de um período de incertezas, o SINTTEL/RS realiza sua primeira grande greve que, do alto de suas 72 horas, construiu bases sólidas para a história de luta de uma classe inteira. Na década de 60, muitas mudanças atingem a classe trabalhadora. Uma ação do governo Brizola garante o futuro da telefonia e dos trabalhadores. A encampação tira das mãos dos norte-americanos e entrega a companhia telefônica ao povo gaúcho. Surge a CRT. (Companhia Riograndense de Telecomunicações). Brizola atende ainda a uma reivindicação justa e garante correção de 72% aos salários dos telefônicos.

O final da década, porém, é marcado como o final dos tempos de luta do sindicato. A ditadura militar se instala no Brasil. No RS, muitos sindicatos são fechados e outros recebem a intervenção do Estado. O SINTTEL/RS fica fechado à democracia até 1971, quando voltam a ocorrer eleições para a escolha da diretoria. Embora com eleições, apenas a junta governativa, concorre e se mantém no comando até meados dos anos oitenta. Nos anos oitenta, muitas coisas mudam no Brasil. O movimento das Diretas já empurra a ditadura militar e devolve a democracia aos brasileiros. No Sindicato, o MAS - movimento é de ação sindical, inspirado no novo sindicalismo que surge no ABC paulista. Jurandir Leite e Gerson Almeida foram os pivôs desta mudança, retomando o Sindicato, vencendo as eleições e devolvendo-o aos trabalhadores, em 1983. Neste universo de mudanças e redemocratizações, o SINTTEL/RS é parte importante da história gaúcha: Ajuda a fundar a CUT/RS e a Federação Interestadual das Trabalhadoras e dos Trabalhadores em Telecomunicações. (FITTEL).

A década de oitenta é rica em movimentos sedentos por mudanças, como todo o povo brasileiro. Os telefônicos gaúchos voltam às ruas em duas grandes greves – uma com 21 dias e outra de 13 dias de paralisação dos trabalhos. Visionária e preocupada com o futuro da classe trabalhadora, a direção do sindicato realiza em agosto de 1989 o primeiro CETTEL -Congresso dos Trabalhadores em Telecom, que discute, inclusive, a ameaça da privatização, que viria a ser a grande vilã dos trabalhadores nas décadas seguintes.

Nos anos noventa, o sindicato se espalha pelo território rio-grandense e surgem as delegacias do Interior, com vida própria, modernas e repletas de disposição para lutar. Na Capital, uma nova sede, mais ampla e condizente com a grandeza da união dos telefônicos, é inaugurada. Nesta década, porém, a grande vilã se apresenta. As privatizações tornam-se concretas e tem início o pesadelo de muitos trabalhadores. O Sindicato não assiste quieto ao desmonte da companhia e desencadeia pelas ruas uma campanha contra o movimento privativista. Apesar de empenhar todos os seus recursos, de colher, em 1996, as 60.000 assinaturas necessárias, pela Constituição estadual, para o plebiscito onde a cidadania decidiria sobre a privatização ou não das telecomunicações no RS, é derrotado pela traição do presidente do legislativo, João Luis Vargas, que "engaveta" as assinaturas colhidas. O ícone deste movimento é a tomada da Assembléia Legislativa do Estado durante a votação da venda da CRT. Com o plenário tomado pelos telefônicos, os parlamentares "vende-pátria", capitaneados pelo hoje governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, dão as costas ao povo e, em uma seção escondida, sem a presença da oposição, aprovam a venda da CRT, desencadeando demissões e precarização dos postos de trabalho.

A virada do século exige mudanças no Sindicato. O estatuto social é adequado à nova realidade e os trabalhadores de empreiteiras (terceirizados) e tele operadores, juntam-se aos trabalhadores das operadoras e aos aposentados, nas lutas da entidade. Os primeiros anos deste novo século foram dedicados à retomada da grandeza do Sindicato que representa os trabalhadores do Setor. A primeira gestão mista de trabalhadores tem o papel de construir a nova realidade, adequando as lutas do Sindicato e encara a primeira greve pós-privatização. Os trabalhadores das empresas A.S. Júnior e Visabrás melhoram seus salários e benefícios com a bravura de encarar uma greve conjunta comandada pelo SINTTEL. Nos anos seguintes a consolidação desta nova base toma corpo. São eleitas duas gestões, com crescente participação dos trabalhadores terceirizados e de Telecentros (Call-Center's), na diretoria executiva do SINTTEL. Esta boa "mistura" demonstra a certeza de que o Sindicato fez a escolha certa ao reformar e abrir o seu estatuto social aos trabalhadores de um novo tempo. A sólida união demonstrada no segundo e terceiro CETTEL é a base para todas as conquistas mais recentes: a periculosidade paga no contra-cheque, a manutenção dos postos de trabalho a cada reorganização do capital e a evolução das cláusulas sociais dentro dos acordos coletivos, são marcas do sucesso desta adaptação à nova realidade sindical.

Os trabalhos não se restringem apenas aos ativos, a melhoria constante dos benefícios e a manutenção do Fundo de Pensão (Fundação CRT, depois BrTPREV e hoje ATLÂNTICO) estão sempre nas discussões de toda a categoria.

São ativos e aposentados lutando juntos por um mundo melhor!

Guerreiros atentos às mudanças são características necessárias aos trabalhadores que acreditam em um Sindicato moderno e evoluído ao longo de décadas de luta e vitórias.

Hoje, mais do que nunca é necessário que as trabalhadoras e os trabalhadores conheçam a história do SINTTEL/RS, para que dela façam parte e construam uma nova e melhor realidade.

Título: O PARCEIRO, Conteúdo: O Sindicato dos Telefônicos do RS foi fundado em 1941, junto com o reconhecimento dos sindicatos pelo governo Vargas. Porém, não nasceu do dia para noite. Foi idealizado ao longo de duros anos de sofrimento, mortes e desrespeito aos trabalhadores. No ano de 1939 surgiu o seu embrião, com a criação da Associação dos Trabalhadores da Companhia Telefônica. Neste período, em que o mundo relembrava a brutalidade da guerra mundial, os telefônicos gaúchos eram explorados por uma companhia norte-americana. Nos anos seguintes, muitos foram os percalços que os trabalhadores enfrentaram, desde a ilegalidade até a intervenção militar. Também foram muitos os momentos de glória, com reconhecimentos clássicos de lutas justas. Nos primeiros quinze anos de vida, dentro ainda de um período de incertezas, o SINTTEL/RS realiza sua primeira grande greve que, do alto de suas 72 horas, construiu bases sólidas para a história de luta de uma classe inteira. Na década de 60, muitas mudanças atingem a classe trabalhadora. Uma ação do governo Brizola garante o futuro da telefonia e dos trabalhadores. A encampação tira das mãos dos norte-americanos e entrega a companhia telefônica ao povo gaúcho. Surge a CRT. (Companhia Riograndense de Telecomunicações). Brizola atende ainda a uma reivindicação justa e garante correção de 72% aos salários dos telefônicos. O final da década, porém, é marcado como o final dos tempos de luta do sindicato. A ditadura militar se instala no Brasil. No RS, muitos sindicatos são fechados e outros recebem a intervenção do Estado. O SINTTEL/RS fica fechado à democracia até 1971, quando voltam a ocorrer eleições para a escolha da diretoria. Embora com eleições, apenas a junta governativa, concorre e se mantém no comando até meados dos anos oitenta. Nos anos oitenta, muitas coisas mudam no Brasil. O movimento das Diretas já empurra a ditadura militar e devolve a democracia aos brasileiros. No Sindicato, o MAS - movimento é de ação sindical, inspirado no novo sindicalismo que surge no ABC paulista. Jurandir Leite e Gerson Almeida foram os pivôs desta mudança, retomando o Sindicato, vencendo as eleições e devolvendo-o aos trabalhadores, em 1983. Neste universo de mudanças e redemocratizações, o SINTTEL/RS é parte importante da história gaúcha: Ajuda a fundar a CUT/RS e a Federação Interestadual das Trabalhadoras e dos Trabalhadores em Telecomunicações. (FITTEL). A década de oitenta é rica em movimentos sedentos por mudanças, como todo o povo brasileiro. Os telefônicos gaúchos voltam às ruas em duas grandes greves – uma com 21 dias e outra de 13 dias de paralisação dos trabalhos. Visionária e preocupada com o futuro da classe trabalhadora, a direção do sindicato realiza em agosto de 1989 o primeiro CETTEL -Congresso dos Trabalhadores em Telecom, que discute, inclusive, a ameaça da privatização, que viria a ser a grande vilã dos trabalhadores nas décadas seguintes. Nos anos noventa, o sindicato se espalha pelo território rio-grandense e surgem as delegacias do Interior, com vida própria, modernas e repletas de disposição para lutar. Na Capital, uma nova sede, mais ampla e condizente com a grandeza da união dos telefônicos, é inaugurada. Nesta década, porém, a grande vilã se apresenta. As privatizações tornam-se concretas e tem início o pesadelo de muitos trabalhadores. O Sindicato não assiste quieto ao desmonte da companhia e desencadeia pelas ruas uma campanha contra o movimento privativista. Apesar de empenhar todos os seus recursos, de colher, em 1996, as 60.000 assinaturas necessárias, pela Constituição estadual, para o plebiscito onde a cidadania decidiria sobre a privatização ou não das telecomunicações no RS, é derrotado pela traição do presidente do legislativo, João Luis Vargas, que engaveta as assinaturas colhidas. O ícone deste movimento é a tomada da Assembléia Legislativa do Estado durante a votação da venda da CRT. Com o plenário tomado pelos telefônicos, os parlamentares vende-pátria, capitaneados pelo hoje governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, dão as costas ao povo e, em uma seção escondida, sem a presença da oposição, aprovam a venda da CRT, desencadeando demissões e precarização dos postos de trabalho. A virada do século exige mudanças no Sindicato. O estatuto social é adequado à nova realidade e os trabalhadores de empreiteiras (terceirizados) e tele operadores, juntam-se aos trabalhadores das operadoras e aos aposentados, nas lutas da entidade. Os primeiros anos deste novo século foram dedicados à retomada da grandeza do Sindicato que representa os trabalhadores do Setor. A primeira gestão mista de trabalhadores tem o papel de construir a nova realidade, adequando as lutas do Sindicato e encara a primeira greve pós-privatização. Os trabalhadores das empresas A.S. Júnior e Visabrás melhoram seus salários e benefícios com a bravura de encarar uma greve conjunta comandada pelo SINTTEL. Nos anos seguintes a consolidação desta nova base toma corpo. São eleitas duas gestões, com crescente participação dos trabalhadores terceirizados e de Telecentros (Call-Centers), na diretoria executiva do SINTTEL. Esta boa mistura demonstra a certeza de que o Sindicato fez a escolha certa ao reformar e abrir o seu estatuto social aos trabalhadores de um novo tempo. A sólida união demonstrada no segundo e terceiro CETTEL é a base para todas as conquistas mais recentes: a periculosidade paga no contra-cheque, a manutenção dos postos de trabalho a cada reorganização do capital e a evolução das cláusulas sociais dentro dos acordos coletivos, são marcas do sucesso desta adaptação à nova realidade sindical. Os trabalhos não se restringem apenas aos ativos, a melhoria constante dos benefícios e a manutenção do Fundo de Pensão (Fundação CRT, depois BrTPREV e hoje ATLÂNTICO) estão sempre nas discussões de toda a categoria. São ativos e aposentados lutando juntos por um mundo melhor! Guerreiros atentos às mudanças são características necessárias aos trabalhadores que acreditam em um Sindicato moderno e evoluído ao longo de décadas de luta e vitórias. Hoje, mais do que nunca é necessário que as trabalhadoras e os trabalhadores conheçam a história do SINTTEL/RS, para que dela façam parte e construam uma nova e melhor realidade.



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