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QUE TELEBRÁS E ESTA?

Artigo sobre a TELEBRÁS publicado no site da CUT (09/06/2011) Edison Pedro de Lima[1] Tal como a ave Fenix, a Telebrás retoma destaques nos debates do setor de telecomunicações. De fato, constatamos uma semelhança mítica na Telebrás, pois sociedade, governo e operadoras de telecomunicações tomam em seus discu

Escrito por: FITTEL • Publicado em: 10/06/2011 - 00:00 • Última modificação: 26/05/2015 - 16:02 Escrito por: FITTEL Publicado em: 10/06/2011 - 00:00 Última modificação: 26/05/2015 - 16:02

 

Tal como a ave Fenix, a Telebrás retoma destaques nos debates do setor de telecomunicações. De fato, constatamos uma semelhança mítica na Telebrás, pois sociedade, governo e operadoras de telecomunicações tomam em seus discursos expectativas para uma instituição que, de fato, não existe concretamente. 

Vencido o tempo das privatizações no setor de telecomunicações, com graves prejuízos à sociedade, restaram praticamente cinzas do que foi a instituição Telebrás. Incrível como ressurgindo da função burocrática - que equivale às cinzas - ainda mantém presente o ideário de empresa comprometida com o social, com o desenvolvimento de tecnologia nacional e com os compromissos do Estado brasileiro. Incrível manter tal sistema de idéias, hoje, em uma instituição virtual e que até o presente momento, desde o seu ressurgimento, não correspondeu em prática e amplitude ao ideário em favor da sociedade. Apenas discursos foram lançados, quiçá ao vento.

 
Essa é constatação importante: trata-se de esperança para uns –  finalmente um agente favorecedor à sociedade. Para outros, historicamente beneficiados com a privatização do sistema, é a mais nova oportunidade de lançar mãos em recursos do Estado e se apropriar de infraestruturas lucrativas, agora, massificada.
 
O jargão do momento é banda larga, totalmente confundido com Internet. Entretanto, “a gente quer comida, diversão e arte; a gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte”. O sistema de comunicação representa uma importante saída para o desenvolvimento social, fundamentalmente para a parte da população socialmente excluída.
 
Mas há uma questão critica: Vale, portanto, lutar em defesa da Telebrás?
 
A resposta é relativa. Para cada ator, sociedade, governo e operadoras de telecomunicações, a resposta afirmativa ou negativa releva-se por interesses. Tomamos aqui nossa posição, se porventura ainda não esteve subentendida: Sim é importante lutar por uma determinada expressão da Telebrás mas, somente se em benefício absoluto da sociedade brasileira!
 
O setor de telecomunicações é daqueles onde a tecnologia se desenvolve em profusão. Cada vez mais os dispositivos de telecomunicações estarão no cotidiano dos indivíduos e da sociedade. Por isso, devem ser apropriados em relevância à sociedade, como tecnologia em favor da educação, da saúde, do comércio, da indústria, das oportunidades de empregos e ganhos materiais e, realmente cabe, etc.
 
Há uma afirmação por vezes repetida no movimento sindical: “Banda larga é  oportunidade de qualificação de mão de obra”. Em verdade, isso é até critico para o trabalhador do setor. A tecnologia vem sendo encaminhada em total dependência de fontes estrangeiras. Nossos centros de pesquisa, forçando o plural, tornaram-se solapados pela descontinuidade de desenvolvimentos, prevalecendo a máxima “é mais barato comprar de fora”.
 
Mas, afinal de contas, em que a ampla adoção de tecnologias fechadas e estrangeiras poderia prejudicar o trabalhador brasileiro?
 
Esta pergunta simples é mais relevante do que as possíveis respostas à mesma. Por algum motivo, muitas vozes qualificadas para verbalizá-la estão silenciosas ou, ainda, estão em alvoroço, discutindo  se é mais barato importar tudo de fora, pois a tecnologia caminha em passos velozes.  Ruim não se perceber que são, também, raivosos e colonizantes os donos das novas tecnologias.
 
Em muitos debates passa despercebido que a reativação da Telebrás é, em verdade, a possibilidade de reativação da capacidade de produção industrial mas se, e somente se, a capacidade de desenvolvimento de tecnologia nacional estiver atrelada, naturalmente, com o poder de compra do Estado sendo efetivamente exercido. Ou seja, investindo-se no país, pois não se colhe em larga escala sem se fazer preparo e plantio. Além disso, o preparo passa pela oportunidade de formação de profissionais para atuar com as novas tecnologias e infra-estruturas de telecomunicações. A sociedade evolui como sociedade da informação e as tecnologias que a sustentam são transversais ao labor nas mais diversas áreas do conhecimento e das atividades decorrentes.
 
É importante compreender que o fim desejado, qual seja, promover a banda larga com qualidade e  baixo custo, imediato e tangível com perspectiva de ser qualificada como serviço público, de fato, torna-se o meio para outras grandes realizações. “A gente não quer só dinheiro. A gente quer dinheiro e felicidade. A gente não quer só dinheiro. A gente quer inteiro e não pela metade.”
 
Infelizmente, nos discursos da nova Telebrás percebem-se a influência de dissimulados agentes. A instantânea mudança de comando da Telebrás reforça evidências de disputas e de interesses, insistentemente velados. Cabe, portanto, difundir que a sociedade está em alerta e compreende a natureza dos episódios. Cabe informar, por arautos e aos quatro ventos, que nos preocupa o que será de fato a nova Telebrás. A sociedade brasileira já se mobiliza para firmar tecnologias de comunicação em benefícios sociais para os numerosos menos favorecidos de nosso país.
 
 
[1] Edison Pedro de Lima é diretor da Federação Interestatudal de Trabalhadores em Telecomunicações -Fittel

 


Título: QUE TELEBRÁS E ESTA?, Conteúdo:   Tal como a ave Fenix, a Telebrás retoma destaques nos debates do setor de telecomunicações. De fato, constatamos uma semelhança mítica na Telebrás, pois sociedade, governo e operadoras de telecomunicações tomam em seus discursos expectativas para uma instituição que, de fato, não existe concretamente.  Vencido o tempo das privatizações no setor de telecomunicações, com graves prejuízos à sociedade, restaram praticamente cinzas do que foi a instituição Telebrás. Incrível como ressurgindo da função burocrática - que equivale às cinzas - ainda mantém presente o ideário de empresa comprometida com o social, com o desenvolvimento de tecnologia nacional e com os compromissos do Estado brasileiro. Incrível manter tal sistema de idéias, hoje, em uma instituição virtual e que até o presente momento, desde o seu ressurgimento, não correspondeu em prática e amplitude ao ideário em favor da sociedade. Apenas discursos foram lançados, quiçá ao vento.   Essa é constatação importante: trata-se de esperança para uns –  finalmente um agente favorecedor à sociedade. Para outros, historicamente beneficiados com a privatização do sistema, é a mais nova oportunidade de lançar mãos em recursos do Estado e se apropriar de infraestruturas lucrativas, agora, massificada.   O jargão do momento é banda larga, totalmente confundido com Internet. Entretanto, “a gente quer comida, diversão e arte; a gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte”. O sistema de comunicação representa uma importante saída para o desenvolvimento social, fundamentalmente para a parte da população socialmente excluída.   Mas há uma questão critica: Vale, portanto, lutar em defesa da Telebrás?   A resposta é relativa. Para cada ator, sociedade, governo e operadoras de telecomunicações, a resposta afirmativa ou negativa releva-se por interesses. Tomamos aqui nossa posição, se porventura ainda não esteve subentendida: Sim é importante lutar por uma determinada expressão da Telebrás mas, somente se em benefício absoluto da sociedade brasileira!   O setor de telecomunicações é daqueles onde a tecnologia se desenvolve em profusão. Cada vez mais os dispositivos de telecomunicações estarão no cotidiano dos indivíduos e da sociedade. Por isso, devem ser apropriados em relevância à sociedade, como tecnologia em favor da educação, da saúde, do comércio, da indústria, das oportunidades de empregos e ganhos materiais e, realmente cabe, etc.   Há uma afirmação por vezes repetida no movimento sindical: “Banda larga é  oportunidade de qualificação de mão de obra”. Em verdade, isso é até critico para o trabalhador do setor. A tecnologia vem sendo encaminhada em total dependência de fontes estrangeiras. Nossos centros de pesquisa, forçando o plural, tornaram-se solapados pela descontinuidade de desenvolvimentos, prevalecendo a máxima “é mais barato comprar de fora”.   Mas, afinal de contas, em que a ampla adoção de tecnologias fechadas e estrangeiras poderia prejudicar o trabalhador brasileiro?   Esta pergunta simples é mais relevante do que as possíveis respostas à mesma. Por algum motivo, muitas vozes qualificadas para verbalizá-la estão silenciosas ou, ainda, estão em alvoroço, discutindo  se é mais barato importar tudo de fora, pois a tecnologia caminha em passos velozes.  Ruim não se perceber que são, também, raivosos e colonizantes os donos das novas tecnologias.   Em muitos debates passa despercebido que a reativação da Telebrás é, em verdade, a possibilidade de reativação da capacidade de produção industrial mas se, e somente se, a capacidade de desenvolvimento de tecnologia nacional estiver atrelada, naturalmente, com o poder de compra do Estado sendo efetivamente exercido. Ou seja, investindo-se no país, pois não se colhe em larga escala sem se fazer preparo e plantio. Além disso, o preparo passa pela oportunidade de formação de profissionais para atuar com as novas tecnologias e infra-estruturas de telecomunicações. A sociedade evolui como sociedade da informação e as tecnologias que a sustentam são transversais ao labor nas mais diversas áreas do conhecimento e das atividades decorrentes.   É importante compreender que o fim desejado, qual seja, promover a banda larga com qualidade e  baixo custo, imediato e tangível com perspectiva de ser qualificada como serviço público, de fato, torna-se o meio para outras grandes realizações. “A gente não quer só dinheiro. A gente quer dinheiro e felicidade. A gente não quer só dinheiro. A gente quer inteiro e não pela metade.”   Infelizmente, nos discursos da nova Telebrás percebem-se a influência de dissimulados agentes. A instantânea mudança de comando da Telebrás reforça evidências de disputas e de interesses, insistentemente velados. Cabe, portanto, difundir que a sociedade está em alerta e compreende a natureza dos episódios. Cabe informar, por arautos e aos quatro ventos, que nos preocupa o que será de fato a nova Telebrás. A sociedade brasileira já se mobiliza para firmar tecnologias de comunicação em benefícios sociais para os numerosos menos favorecidos de nosso país.     [1] Edison Pedro de Lima é diretor da Federação Interestatudal de Trabalhadores em Telecomunicações -Fittel  



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