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Juízes do Trabalho de toda América Latina contra o golpe

Associação Latino-Americana de juízes manifesta preocupação com conivência do Judiciário

Escrito por: CUT Nacional • Publicado em: 16/06/2016 - 14:42 Escrito por: CUT Nacional Publicado em: 16/06/2016 - 14:42

A Central Única dos Trabalhadores – CUT tem denunciado o Golpe em curso no Brasil, liderado pelas forças conservadoras e com apoio da grande mídia, parlamento e setores do Judiciário contra a presidenta Dilma Rousseff, a Democracia e os Direitos da classe trabalhadora.

Nesse sentido vem a público, uma vez mais, manifestar-se e aderir à Nota divulgada pela Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho – ALJT (texto abaixo), que conta com o apoio de diversas outras entidades. Subscrevemos, apoiamos e divulgamos a nota:

“A Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho - ALJT, em face da divulgação de gravações de conversas do Sr. Sérgio Machado com altas autoridades da República e dos acontecimentos que a ela se seguiram, vem a público manifestar a preocupação com a possível utilização do Poder Judiciário do Brasil para a perpetração do golpe de estado em curso no país.

As gravações dão conta do propósito de derrubada do poder da Presidente democraticamente eleita, como pressuposto de viabilização de um grande acordo, supostamente envolvendo até mesmo o Supremo Tribunal Federal, destinado a assegurar a impunidade de políticos que se opõem ao governo legítimo, alguns dos quais, inexplicavelmente, até aqui não alcançados pelas inúmeras fases da denominada "Operação Lava Jato", seja na órbita de atuação do juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba, seja no âmbito do próprio STF.

O conteúdo das conversas parece evidenciar que a Chefe de Estado está sendo apeada do poder exatamente por ser elemento de garantia da independência e da autonomia do Ministério Público e do Poder Judiciário nas investigações e, o pior, sob a cínica justificativa de combate à corrupção.

Causa estranheza à ALJT a reação do Supremo Tribunal Federal às referências de pacto envolvendo a Corte e, ainda mais, de conversas supostamente já havidas com diversos de seus membros, principalmente se cotejada com as providências que se seguiram ao vazamento das gravações do diálogo entre o então senador Delcídio do Amaral com o Sr. Bernardo Cerveró, no momento em que parte da imprensa informa que alguns – ou todos – os Ministros do STF teriam sido criminosamente grampeados.

 

Considera a ALJT ser ofensivo ao dever de imparcialidade imposto à magistratura o comportamento do Ministro Gilmar Ferreira Mendes, incansável no propósito de ostentar o seu papel hegemônico no Poder Judiciário, sem receio de revelar a condução político-partidária que imprime à sua atuação de magistrado, seja com declarações prévias de condenação às partes cujas demandas lhe são submetidas, caso integrantes de uma corrente política, ou na complacência em relação a outras, integrantes da corrente contrária.

O ministro Mendes, desde a posse no STF, denunciada, à época, por juristas, políticos e entidades da sociedade civil como sendo atentatória à independência judicial, revela desenvoltura crescente no trato político das questões judiciais, seja se exibindo publicamente em reuniões com líderes partidários, seja, como ocorreu no último sábado, dia 28 de maio, reunindo-se, sem registro em agenda, com o presidente interino, alvo de acusações que são objeto de ações que o Ministro julgará – e conduzirá -, como integrante e, agora, presidente, da 2.ª  Turma do Supremo Tribunal Federal.

Preocupa a ALJT o silêncio dos demais integrantes do Supremo Tribunal Federal, a despeito de todos os fatos acima indicados. Mais ainda, o apoio que um e outro oferecem ao Ministro Gilmar Mendes, quando lhe atribuem a qualidade da independência e, em reconhecimento, oferecem-lhe postos chave da estrutura de altas Cortes de Justiça, justo quando diversos setores da sociedade civil organizada discutem propostas de pedido de impeachment do ministro.

Espera a ALJT que, na difícil quadra que atravessa o país, seja preservado o papel do Poder Judiciário brasileiro, de salvaguarda dos direitos políticos e sociais, de defesa da Constituição e das leis, de firme resposta às práticas criminosas, sejam quem forem os seus autores, sempre marcadas por isenção, imparcialidade e independência, afinal, o Estado Democrático de Direito é também  incompatível com  a seletividade de arroubos, vazamentos,  investigações e punições.

A ALJT-  Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho, entidade criada em 2006  para defender a independência judicial e a efetividade do Direito do Trabalho, expressa, ainda, a honra de ter  recebido a adesão espontânea ao conteúdo da presente Carta, por parte de inúmeros magistrados, advogados, professores e de outras entidades, conforme relação de apoio identificada abaixo. Em 06 de junho  de 2016, Hugo Cavalcanti Melo Filho- Presidente da ALJT - Juiz do TRT 6 (PE)”

Vagner Freitas, presidente nacional da CUT

Valeir Ertle, secretário nacional de Assuntos Jurídicos da CUT   

Fonte: www.cut.org.br

Título: Juízes do Trabalho de toda América Latina contra o golpe, Conteúdo: A Central Única dos Trabalhadores – CUT tem denunciado o Golpe em curso no Brasil, liderado pelas forças conservadoras e com apoio da grande mídia, parlamento e setores do Judiciário contra a presidenta Dilma Rousseff, a Democracia e os Direitos da classe trabalhadora. Nesse sentido vem a público, uma vez mais, manifestar-se e aderir à Nota divulgada pela Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho – ALJT (texto abaixo), que conta com o apoio de diversas outras entidades. Subscrevemos, apoiamos e divulgamos a nota: “A Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho - ALJT, em face da divulgação de gravações de conversas do Sr. Sérgio Machado com altas autoridades da República e dos acontecimentos que a ela se seguiram, vem a público manifestar a preocupação com a possível utilização do Poder Judiciário do Brasil para a perpetração do golpe de estado em curso no país. As gravações dão conta do propósito de derrubada do poder da Presidente democraticamente eleita, como pressuposto de viabilização de um grande acordo, supostamente envolvendo até mesmo o Supremo Tribunal Federal, destinado a assegurar a impunidade de políticos que se opõem ao governo legítimo, alguns dos quais, inexplicavelmente, até aqui não alcançados pelas inúmeras fases da denominada Operação Lava Jato, seja na órbita de atuação do juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba, seja no âmbito do próprio STF. O conteúdo das conversas parece evidenciar que a Chefe de Estado está sendo apeada do poder exatamente por ser elemento de garantia da independência e da autonomia do Ministério Público e do Poder Judiciário nas investigações e, o pior, sob a cínica justificativa de combate à corrupção. Causa estranheza à ALJT a reação do Supremo Tribunal Federal às referências de pacto envolvendo a Corte e, ainda mais, de conversas supostamente já havidas com diversos de seus membros, principalmente se cotejada com as providências que se seguiram ao vazamento das gravações do diálogo entre o então senador Delcídio do Amaral com o Sr. Bernardo Cerveró, no momento em que parte da imprensa informa que alguns – ou todos – os Ministros do STF teriam sido criminosamente grampeados.   Considera a ALJT ser ofensivo ao dever de imparcialidade imposto à magistratura o comportamento do Ministro Gilmar Ferreira Mendes, incansável no propósito de ostentar o seu papel hegemônico no Poder Judiciário, sem receio de revelar a condução político-partidária que imprime à sua atuação de magistrado, seja com declarações prévias de condenação às partes cujas demandas lhe são submetidas, caso integrantes de uma corrente política, ou na complacência em relação a outras, integrantes da corrente contrária. O ministro Mendes, desde a posse no STF, denunciada, à época, por juristas, políticos e entidades da sociedade civil como sendo atentatória à independência judicial, revela desenvoltura crescente no trato político das questões judiciais, seja se exibindo publicamente em reuniões com líderes partidários, seja, como ocorreu no último sábado, dia 28 de maio, reunindo-se, sem registro em agenda, com o presidente interino, alvo de acusações que são objeto de ações que o Ministro julgará – e conduzirá -, como integrante e, agora, presidente, da 2.ª  Turma do Supremo Tribunal Federal. Preocupa a ALJT o silêncio dos demais integrantes do Supremo Tribunal Federal, a despeito de todos os fatos acima indicados. Mais ainda, o apoio que um e outro oferecem ao Ministro Gilmar Mendes, quando lhe atribuem a qualidade da independência e, em reconhecimento, oferecem-lhe postos chave da estrutura de altas Cortes de Justiça, justo quando diversos setores da sociedade civil organizada discutem propostas de pedido de impeachment do ministro. Espera a ALJT que, na difícil quadra que atravessa o país, seja preservado o papel do Poder Judiciário brasileiro, de salvaguarda dos direitos políticos e sociais, de defesa da Constituição e das leis, de firme resposta às práticas criminosas, sejam quem forem os seus autores, sempre marcadas por isenção, imparcialidade e independência, afinal, o Estado Democrático de Direito é também  incompatível com  a seletividade de arroubos, vazamentos,  investigações e punições. A ALJT-  Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho, entidade criada em 2006  para defender a independência judicial e a efetividade do Direito do Trabalho, expressa, ainda, a honra de ter  recebido a adesão espontânea ao conteúdo da presente Carta, por parte de inúmeros magistrados, advogados, professores e de outras entidades, conforme relação de apoio identificada abaixo. Em 06 de junho  de 2016, Hugo Cavalcanti Melo Filho- Presidente da ALJT - Juiz do TRT 6 (PE)” Vagner Freitas, presidente nacional da CUT Valeir Ertle, secretário nacional de Assuntos Jurídicos da CUT    Fonte: www.cut.org.br



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