Sociedade brasileira tornou-se refém dos meios de comunicação
O Brasil do caos se impõe nas manchetes e manchetes e não há como negar
Escrito por: Alexandre Tambelli • Publicado em: 04/02/2016 - 14:38 • Última modificação: 04/02/2016 - 14:50 Escrito por: Alexandre Tambelli Publicado em: 04/02/2016 - 14:38 Última modificação: 04/02/2016 - 14:50imagem internet
Precisamos compreender que o Poder da Mídia no Brasil capitaneado pela Rede Globo, Band, Rede TV, SBT, Folha, Estadão, Veja, RBS e poucas mais alcançou um limite absurdo, limite, onde a Democracia e o Estado de Direito estão sendo solapados.
Imaginemos a concentração de quase todos os canais de TV e emissoras de rádio, dos jornais e revistas de circulação nacional, dos grandes portais de notícias da Internet nas mãos de não mais que 10 famílias e que defendem uma mesma bandeira ideológica, um mesmo modelo de sociedade para ser vivenciado no Brasil.
Quanto isto é prejudicial para a nossa Democracia!
Você ter 24 horas do dia, propagado Brasil afora, uma única forma de entendimento do Brasil atual, sem quase nenhuma audiência outra, onde se possa fazer um contraponto a esta forma de entendimento do Brasil atual é inadmissível.
O Brasil do caos se impõe nas manchetes e manchetes e não há como negar. Toda editoria é igual. A verdade sobre qualquer assunto, a que quiserem nos impor será a verdade crida pela população.
Estas 10 famílias possuem bem mais de 80% de todos os meios de comunicação que podem levar aos nossos ouvidos e olhos notícias do cotidiano do Brasil e do Mundo.
É tanto Poder de informação nas mãos de poucas famílias, que elas controlam o entendimento da realidade brasileira e mundial dos brasileiros.
E tudo o que não se encaixa na Ideologia que os meios de comunicação hegemônicos defendem vira refém dele, está sujeito a ser avacalhado, a ter sua reputação assassinada, sem dó nem pena no noticiário e de forma sistemática e até coletiva (todas estas famílias atacando a honra do refém ao mesmo tempo).
Seja partido político, político, modelo de sociedade, modelo econômico, Religião, grupo étnico, etc.
E o mais complicado é que não há como se defender. Pois, não temos espaço para defesa do refém, pois, não há pluralidade de canais de TV, outras rádios que professem a mesma Ideologia do refém dos meios de comunicação hegemônicos e que saiam em sua defesa ou que deem espaço para ele praticar sua defesa e/ou promulgar as suas ideias.
Todos nós acabamos reféns dos meios de comunicação hegemônicos no Brasil. Só temos a chance de não sermos reféns deles se professarmos a mesma Ideologia que a Mídia hegemônica.
Por exemplo:
LULA é o refém dos meios de comunicação hegemônicos brasileiros mais visados atualmente. Ele não tem vez e voz nos microfones das TVS e rádios destas não mais que 10 famílias, porém, falam dele o dia inteiro. Falam o que querem de LULA e ele só tem o direito de ouvir, jamais de se defender do que falam a seu respeito.
LULA falar em algum canal de TV ou rádio para ao menos se defender, por exemplo, será raro, porque os canais de TV ou rádios no Brasil, em sua grande maioria não convidariam LULA e mais, se LULA aparecer em um canal de TV ou rádio será, quase certo, em emissora de pouca audiência.
Os grandes canais de comunicação e com audiência não abrem espaço para o contraditório, por isto jamais entrevistariam LULA hoje, ainda mais, no tempo atual de caçada ao LULA e ao PT para tentar frear sua candidatura a Presidente em 2018, para existir maior chance de vitória de um candidato que professe e defenda a Ideologia da Mídia hegemônica brasileira.
Não dão espaço a LULA, porque trabalham na imposição de verdades, sempre! A verdade que querem passar não deve e não pode ser confrontada.
Se derem espaço, podem perder o controle da narrativa sobre LULA, ele pode se defender, pode até desmascarar as notícias a seu respeito, impostas como verdades sobre ele e ainda ele pode difundir outra Ideologia e se fortalecer para a corrida Presidencial de 2018.
Melhor não arriscar. Esta é a verdade que praticam.
É importante dizer que o tempo de exposição negativa do refém da Mídia é diversas vezes maior do que o tempo de sua defesa da exposição negativa. No caso de LULA chega próximo de zero.
Sem contar que a exposição negativa vem aliada de tentativas de impor até condenações prévias ao refém da Mídia.
E com este Poder todo de controlar a informação que chega até nós, podemos assistir uma realidade, onde, se cria uma opinião pública condenatória ao refém da Mídia e que acaba por interferir nas decisões de tribunais, que por medo da opinião pública e da opinião publicada por estes meios de comunicação hegemônicos pode decidir pela condenação de um inocente, por medo e imposição das massas, que são levadas inconscientemente a querer condenar o refém da Mídia.
Além do fato importante que uma Mídia concentrada como no Brasil pode ameaçar e assassinar a reputação de um Juiz, se este não seguir o seu desejo (dos meios de comunicação) de condenação do refém midiático.
Sem contar o mais grave: hoje partes do Judiciário trabalham conjuntamente com a Mídia brasileira facilitando as coisas para estes meios de comunicação condenarem seus reféns previamente.
Acabamos todos reféns dos meios de comunicação brasileiros, que se concentram em não mais que 10 famílias professando uma mesma Ideologia e não aceitando que o contraditório, outra Ideologia tenha voz e possam chegar aos lares brasileiros ideias diferentes das que eles professam.
E nós brasileiros, nesta concentração em poucas famílias do direito de informar sobre o cotidiano do Brasil e do Mundo, passamos a acreditar que tudo o que os meios de comunicação informam são verdades absolutas. Afinal, a mesma notícia corre o Brasil de Norte a Sul milhares de vezes em um mesmo dia.
Como não acreditar na veracidade dela?
Este é o Brasil em fevereiro de 2016.
Fonte: www.fndc.org.br