Reforma trabalhista põe fim ao pacto civilizatório entre capital e trabalho
Trata-se de uma contrarreforma, de uma investida contra os direitos dos trabalhadores
Escrito por: Benildes Rodrigues • Publicado em: 08/11/2017 - 17:19 • Última modificação: 08/11/2017 - 17:26 Escrito por: Benildes Rodrigues Publicado em: 08/11/2017 - 17:19 Última modificação: 08/11/2017 - 17:26Gustavo Bezerra
O deputado Wadih Damous (PT-RJ) ocupou a tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (8), para alertar a população sobre a entrada em vigor, no próximo dia 11, de um dos DNAs do golpe, a reforma trabalhista. Para o deputado, essa proposta, que tem a digital dos golpistas que compõem o Congresso Nacional, é um dos maiores retrocessos impostos à classe trabalhadora do país.
“No dia 11 de novembro nós estaremos vendo entrar em vigor um atentado ao mundo do trabalho. Quem aprovou essa lei no Congresso Nacional é inimigo da classe trabalhadora”, acusou o deputado. “Trata-se de uma contrarreforma, de uma investida contra os direitos dos trabalhadores, da destruição da CLT e da desconstrução do direito do trabalho”, afirmou Damous.
Observou o parlamentar que foram mais de cem dispositivos alterados substancialmente na CLT, mas, segundo ele, não se tratam só de alteração de dispositivos legais. “Esta reforma alcança princípios caros ao direito do trabalho, erigidos em nível mundial”, lamentou. Ele citou a “destruição” da CLT, documento moderno resultado de um pacto civilizatório entre capital e trabalho. “Esse pacto foi por água abaixo”.
“A reforma não se contentou tão somente em atentar contra direitos básicos dos trabalhadores. Ela também avança a ponto de desarticular os órgãos estatais que foram concebidos para manter íntegro o direito do trabalho no Brasil, como por exemplo a Justiça do Trabalho”, protestou.
Benildes Rodrigues
Fonte:www.ptnacamara.org.br