INFLAÇÃO: ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR EM ALTA
Em dezembro, IPCA sobe 1,35% e fecha 2020 em 4,52%; o INPC de dezembro sobe 1,46% e acumula alta de 5,45% em 2020
Escrito por: IBGE • Publicado em: 13/01/2021 - 16:57 • Última modificação: 28/10/2024 - 08:42 Escrito por: IBGE Publicado em: 13/01/2021 - 16:57 Última modificação: 28/10/2024 - 08:42O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro subiu 1,35%, 0,46 ponto percentual (p. p.) acima dos 0,89% de novembro. Essa é a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (1,57%) e o maior índice para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%). Em dezembro de 2019, a variação havia sido de 1,15%. O grupo Habitação teve o maior impacto (0,45 p. p.) e variação (2,88%) no mês.
Período | Taxa |
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Dezembro 2020 | 1,35% |
Novembro 2020 | 0,89% |
Dezembro 2019 | 1,15% |
Acumulado do Ano / em 12 meses | 4,52% |
No ano, o IPCA acumula alta de 4,52%, 0,21 p. p. acima dos 4,31% registrados em 2019. Essa é a maior taxa acumulada no ano desde dezembro de 2016 (6,29%).
Entre os grupos, Alimentação e Bebidas apresentou a maior variação (14,09%) e o maior impacto (2,73 p. p.) sobre o IPCA acumulado do ano, encerrando 2020 com a maior variação acumulada no ano desde dezembro de 2002 (19,47%).
Habitação tem maior variação e impacto em dezembro
Todos os grupos pesquisados tiveram alta em dezembro, com destaque para Habitação, que apresentou o maior impacto (0,45 p. p.) e a maior variação (2,88%) no índice do mês, acelerando frente a novembro (0,44%). A segunda maior contribuição (0,36 p. p.) veio de Alimentação e bebidas, com alta de 1,74%. Na sequência, vieram os Transportes (0,27 p. p.), cuja variação de 1,36% ficou próxima à do mês anterior (1,33%). Juntos, os três grupos mencionados representaram 80% do impacto total de dezembro. Os demais grupos ficaram entre o 0,39% de Comunicação e o 1,76% de Artigos de residência.
IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Novembro | Dezembro | Novembro | Dezembro | |
Índice Geral | 0,89 | 1,35 | 0,89 | 1,35 |
Alimentação e Bebidas | 2,54 | 1,74 | 0,53 | 0,36 |
Habitação | 0,44 | 2,88 | 0,07 | 0,45 |
Artigos de Residência | 0,86 | 1,76 | 0,03 | 0,07 |
Vestuário | 0,07 | 0,59 | 0,00 | 0,03 |
Transportes | 1,33 | 1,36 | 0,26 | 0,27 |
Saúde e Cuidados Pessoais | -0,13 | 0,40 | -0,02 | 0,05 |
Despesas Pessoais | 0,01 | 0,65 | 0,00 | 0,07 |
Educação | -0,02 | 0,48 | 0,00 | 0,03 |
Comunicação | 0,29 | 0,39 | 0,02 | 0,02 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
A aceleração do grupo Habitação (2,88%) deve-se, principalmente, à alta de 9,34% no item energia elétrica. Após 10 meses consecutivos de vigência da bandeira tarifária verde (em que não há cobrança adicional na conta de luz), passou a vigorar em dezembro a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Além disso, houve reajustes tarifários em Rio Branco (11,05%) e Porto Alegre (11,55%). Na capital acreana, o reajuste de 2,11% e entrou em vigor em 13 de dezembro. Já na região metropolitana de Porto Alegre, o reajuste de 6,58% em uma das concessionárias foi aplicado a partir de 22 de novembro. As variações no item foram desde os 6,02% de Belém até os 11,91% de Curitiba.
Ainda em Habitação, cabe destacar que o resultado de 0,10% na taxa de água e esgoto é consequência dos reajustes de 2,95% em Vitória (2,66%), vigente desde 1º de dezembro, e de 3,04% em Belo Horizonte (0,42%), válido desde 1º de novembro. A alta do subitem gás encanado (0,23%), por sua vez, decorre do reajuste de 6,25% no Rio de Janeiro (0,76%), aplicado a partir de 24/11, porém retroativo a 1º de novembro, em virtude de decisão judicial. Os preços do gás de botijão (1,99%) também subiram, acumulando no ano alta de 9,24%.
No grupo Alimentação e bebidas (1,74%), houve desaceleração frente ao mês anterior (2,54%). Contribuíram para isso a queda nos preços do tomate (-13,46%) e as altas menos intensas nos preços das carnes (3,58%), do arroz (3,84%) e do óleo de soja (4,99%), cujas variações em novembro haviam sido de 6,54%, 6,28% e 9,24%, respectivamente. Por outro lado, as frutas passaram de 2,20% para 6,73%. Com isso, os alimentos para consumo no domicílio, subgrupo de todos esses produtos, ficaram 2,12% mais caros em dezembro.
Já a alimentação fora do domicílio (0,77%) apresentou variação maior que a do mês anterior (0,57%), com destaque para a refeição (0,74%) e o lanche (0,89%).
Em Transportes (1,36%), o maior impacto (0,12 p. p.) veio das passagens aéreas (28,05%). Houve alta em todas as regiões pesquisadas, que foram desde o 1,65% de Rio Branco até os 44,19% de Recife. Cabe mencionar também a alta observada em transporte por aplicativo (13,20%), segunda maior variação no grupo. Já a segunda maior contribuição (0,08 p. p.) veio da gasolina (1,54%), cujos preços subiram pelo sétimo mês consecutivo. Os demais combustíveis pesquisados – etanol (1,32%), óleo diesel (2,08%) e gás veicular (4,27%) – também apresentaram variação positiva.
Ainda em Transportes, a queda de 0,10% verificada em ônibus urbano é consequência da redução de 3,19% nas tarifas de Porto Alegre (-1,30%), vigente desde 9 de novembro.
Os Artigos de residência (1,76%) tiveram a segunda maior variação entre os nove grupos pesquisados, acelerando na comparação com novembro (0,86%). Enquanto, em novembro, os artigos de tv, som e informática apresentaram queda (-1,02%), em dezembro os preços desses produtos subiram 2,52%. Além disso, foram observadas altas mais intensas em mobiliário (2,92%) e eletrodomésticos e equipamentos (1,00%), frente às variações de 1,48% e 0,72%, respectivamente, em novembro.
No grupo Educação (0,48%), o maior impacto (0,02 p. p.) veio dos cursos regulares (0,55%), em virtude da coleta extraordinária de preços realizada em dezembro (conforme nota técnica 04/2020). A maior variação veio da educação de jovens e adultos (3,83%), seguida pelos subitens (1creche,54%) e ensino médio (1,19%). No entanto, também houve quedas, em particular nos subitens curso técnico (-0,79%) e pós-graduação (-0,77%).
IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses | ||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
Novembro | Dezembro | Ano | ||
São Luís | 1,62 | 1,01 | 2,18 | 5,71 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,80 | 1,85 | 4,22 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,69 | 1,62 | 4,09 |
Recife | 3,92 | 0,36 | 1,60 | 5,66 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,95 | 1,53 | 4,99 |
Campo Grande | 1,57 | 0,87 | 1,51 | 6,85 |
Belém | 3,94 | 0,48 | 1,51 | 4,63 |
Fortaleza | 3,23 | 0,80 | 1,46 | 5,74 |
Vitória | 1,86 | 0,97 | 1,41 | 5,15 |
Curitiba | 8,09 | 0,87 | 1,38 | 3,95 |
Rio Branco | 0,51 | 1,10 | 1,37 | 6,12 |
Goiânia | 4,17 | 1,41 | 1,22 | 4,33 |
Brasília | 4,06 | 0,35 | 1,12 | 3,40 |
São Paulo | 32,28 | 1,04 | 1,09 | 4,40 |
Salvador | 5,99 | 1,17 | 0,92 | 4,31 |
Aracaju | 1,03 | 0,42 | 0,91 | 4,14 |
Brasil | 100,00 | 0,89 | 1,35 | 4,52 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Houve altas em todas as regiões pesquisadas, em dezembro. O menor índice foi o do município de Aracaju (0,91%), especialmente por conta da queda nas mensalidades dos cursos regulares (-0,78%) e nos preços de alguns produtos alimentícios, como o queijo (-6,33%) e o tomate (-6,04%). Já o maior resultado ficou com o município de São Luís (2,18%), influenciado pela alta de 11,30% no preço das carnes.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de novembro e 29 de dezembro de 2020 (referência) com os vigentes entre 28 de outubro e 27 de novembro de 2020 (base).
Cabe lembrar que, em virtude da pandemia de COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail.
INPC de dezembro sobe 1,46% e acumula alta de 5,45% em 2020
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC de dezembro subiu 1,46%, acima dos 0,95% registrados em novembro. Essa é a maior variação mensal desde janeiro de 2016 (1,51%) e a maior variação para um mês de dezembro desde 2002, (2,70%). Em dezembro de 2019, a taxa foi de 1,22%.
Os produtos alimentícios subiram 1,86% em dezembro enquanto, no mês anterior, haviam registrado 2,65%. Já os não alimentícios apresentaram alta de 1,33%, após registrarem 0,42% em novembro.
Todas as áreas pesquisadas apresentaram aumento no mês. O menor resultado foi observado em Aracaju (0,89%), influenciado pelas quedas nos preços de aparelho telefônico (-2,22%) e pão francês (-2,92%). O maior índice, por sua vez, ficou com o município de São Luís (2,09%), especialmente em função da alta de 10,82% no preço das carnes.
INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses | ||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
Novembro | Dezembro | Ano | ||
São Luís | 3,47 | 1,02 | 2,09 | 5,58 |
Porto Alegre | 7,15 | 0,81 | 1,93 | 5,22 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,79 | 1,87 | 5,08 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,99 | 1,67 | 5,85 |
Recife | 5,60 | 0,41 | 1,65 | 6,56 |
Campo Grande | 1,73 | 0,95 | 1,62 | 7,96 |
Curitiba | 7,37 | 0,97 | 1,52 | 4,75 |
Fortaleza | 5,16 | 0,92 | 1,46 | 6,32 |
Vitória | 1,91 | 1,18 | 1,43 | 6,55 |
Goiânia | 4,43 | 1,40 | 1,39 | 5,05 |
Rio Branco | 0,72 | 1,10 | 1,38 | 6,92 |
Belém | 6,95 | 0,36 | 1,22 | 4,32 |
Brasília | 1,97 | 0,51 | 1,21 | 4,22 |
São Paulo | 24,60 | 1,21 | 1,20 | 5,55 |
Salvador | 7,92 | 1,16 | 0,96 | 4,99 |
Aracaju | 1,29 | 0,44 | 0,89 | 4,37 |
Brasil | 100,00 | 0,95 | 1,46 | 5,45 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de novembro e 29 de dezembro de 2020 (referência) com os preços vigentes entre 28 de outubro e 27 de novembro de 2020 (base).
IPCA acumula alta de 4,52% em 2020, maior taxa desde 2016
O IPCA encerrou 2020 com variação de 4,52%, 0,21 p. p. acima dos 4,31% registrados em 2019.
IPCA - Variação - mês, trimestre e ano | |||
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Mês | Variação (%) | ||
Mês | Trimestre | Ano | |
Janeiro | 0,21 | 0,21 | |
Fevereiro | 0,25 | 0,46 | |
Março | 0,07 | 0,53 | 0,53 |
Abril | -0,31 | 0,22 | |
Maio | -0,38 | -0,16 | |
Junho | 0,26 | -0,43 | 0,10 |
Julho | 0,36 | 0,46 | |
Agosto | 0,24 | 0,70 | |
Setembro | 0,64 | 1,24 | 1,34 |
Outubro | 0,86 | 2,22 | |
Novembro | 0,89 | 3,13 | |
Dezembro | 1,35 | 3,13 | 4,52 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Esse resultado foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas, que apresentou a maior variação (14,09%) e o maior impacto (2,73 p. p.) no acumulado do ano. Essa é a maior variação acumulada no ano do grupo desde dezembro de 2002 (19,47%). A seguir, vieram Habitação, com alta de 5,25% e contribuição de 0,82 p. p., e Artigos de residência, com 6,00% de alta e 0,23 p. p. de impacto. Em conjunto, os três grupos responderam por quase 84% do IPCA de 2020. Os Transportes, segundo maior peso na composição do IPCA, fecharam o ano com alta de 1,03%. O único grupo a apresentar variação negativa foi Vestuário (-1,13%), cujo impacto foi de -0,05 p. p. A tabela a seguir mostra o resultado de todos os grupos de produtos e serviços.
IPCA - Variação e Impacto por grupos - no ano | ||||
---|---|---|---|---|
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
2019 | 2020 | 2019 | 2020 | |
Índice Geral | 4,31 | 4,52 | 4,31 | 4,52 |
Alimentação e Bebidas | 6,37 | 14,09 | 1,57 | 2,73 |
Habitação | 3,90 | 5,25 | 0,62 | 0,82 |
Artigos de Residência | -0,36 | 6,00 | -0,01 | 0,23 |
Vestuário | 0,74 | -1,13 | 0,04 | -0,05 |
Transportes | 3,57 | 1,03 | 0,66 | 0,21 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 5,41 | 1,50 | 0,65 | 0,20 |
Despesas Pessoais | 4,67 | 1,03 | 0,51 | 0,11 |
Educação | 4,75 | 1,13 | 0,23 | 0,07 |
Comunicação | 1,07 | 3,42 | 0,04 | 0,20 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
No grupo Alimentação e bebidas (14,09%), as maiores variações mensais foram registradas em dois períodos distintos: nos meses de março (1,13%) e abril (1,79%), logo após o início das medidas de isolamento social adotadas em função da pandemia de COVID-19; e de setembro a dezembro, com variações superiores a 1,70% nos quatro últimos meses do ano.
Principais altas de Alimentação e Bebidas - no ano | |||
---|---|---|---|
Item | 2019 | 2020 | |
Variação (%) | Variação (%) | Impacto (p.p.) | |
Carnes | 32,40 | 17,97 | 0,48 |
Arroz | 1,17 | 76,01 | 0,36 |
Frutas | 7,25 | 25,40 | 0,22 |
Óleo de soja | 8,81 | 103,79 | 0,18 |
Leite longa vida | 6,05 | 26,93 | 0,17 |
Lanche | 6,04 | 10,08 | 0,16 |
Carnes e peixes industrializados | 5,24 | 15,89 | 0,10 |
Refeição | 3,14 | 2,67 | 0,10 |
Batata-inglesa | -2,21 | 67,27 | 0,10 |
Tomate | -30,45 | 52,76 | 0,09 |
Frango em pedaços | 15,26 | 14,08 | 0,08 |
Frango inteiro | 12,21 | 17,16 | 0,06 |
Queijo | -1,25 | 9,79 | 0,05 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Os produtos que mais contribuíram para a alta do grupo foram o óleo de soja (103,79%), o arroz (76,01%), o leite longa vida (26,93%), as frutas (25,40%) e as carnes (17,97%).
Além disso, os preços de outros itens importantes na cesta das famílias brasileiras, como a batata-inglesa (67,27%) e o tomate (52,76%) também tiveram altas expressivas em 2020.
Em Habitação (5,25%), a maior contribuição (0,40 p. p.) veio da energia elétrica (9,14%). Esse resultado foi influenciado pela mudança da bandeira tarifária de novembro (verde) para dezembro (vermelha patamar 2), já que até novembro a variação acumulada no ano era de -0,18%. Vale lembrar que, enquanto na bandeira verde não há cobrança adicional, a bandeira vermelha patamar 2 acrescenta R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Energia elétrica - bandeira tarifária mês a mês | |||
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Mês | Variação Mensal | Bandeira tarifária | Cobrança adicional a cada 100 kwh consumido |
Janeiro | 0,16% | Amarela | 1,343 |
Fevereiro | -1,71% | Verde | - |
Março | 0,12% | Verde | - |
Abril | -0,76% | Verde | - |
Maio | -0,58% | Verde | - |
Junho | -0,34% | Verde | - |
Julho | 2,59% | Verde | - |
Agosto | 0,27% | Verde | - |
Setembro | 0,07% | Verde | - |
Outubro | 0,03% | Verde | - |
Novembro | 0,01% | Verde | - |
Dezembro | 9,34% | Vermelha 2 | R$ 6,243 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
No grupo Artigos de residência (6,00%), o destaque ficou com tv, som e informática, cujos preços subiram 18,75% no ano. À exceção de mobiliário (-3,20%), todos os itens do grupo apresentaram alta.
Nos Transportes (1,03%), as maiores contribuições positivas vieram dos automóveis novos (4,03%) e usados (2,80%), além do emplacamento e licença (3,70%). A gasolina, componente de maior peso individual dentro do IPCA, fechou o ano com queda de 0,19%. Apesar das sete altas consecutivas de junho a dezembro, houve recuo nos preços nos meses de abril (-9,31%) e maio (-4,35%). As passagens aéreas (-17,15%) também encerraram 2020 em queda, contribuindo com o maior impacto negativo no grupo (-0,12 p. p.).
Em Vestuário (-1,13%), o impacto negativo mais intenso (-0,06 p. p.) veio das roupas femininas, que acumularam queda de 4,09% no ano. Os preços dos calçados e acessórios (-2,14%) e das roupas masculinas (-0,25%) e infantis (-0,13%) também caíram. Já as joias e bijuterias tiveram alta de 15,48%, com taxas positivas em todos os meses de 2020.
Nos demais grupos, destacam-se o plano de saúde (2,44%) em Saúde e cuidados pessoais (1,50%) e aparelho telefônico (6,87%) em Comunicação (3,42%). No caso do plano de saúde, no final de agosto, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu suspender a aplicação de reajustes aos contratos de planos de saúde até o fim de 2020.
IPCA - Variação por regiões - no ano - 2020 e 2019 | |||
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Região | Peso Regional (%) |
Variação anual (%) | |
2019 | 2020 | ||
Campo Grande | 1,57 | 4,65 | 6,85 |
Rio Branco | 0,51 | 3,82 | 6,12 |
Fortaleza | 3,23 | 5,01 | 5,74 |
São Luís | 1,62 | 4,28 | 5,71 |
Recife | 3,92 | 3,71 | 5,66 |
Vitória | 1,86 | 3,29 | 5,15 |
Belo Horizonte | 9,69 | 4,20 | 4,99 |
Belém | 3,94 | 5,51 | 4,63 |
São Paulo | 32,28 | 4,60 | 4,40 |
Goiânia | 4,17 | 4,37 | 4,33 |
Salvador | 5,99 | 3,93 | 4,31 |
Porto Alegre | 8,61 | 4,08 | 4,22 |
Aracaju | 1,03 | 4,11 | 4,14 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 4,05 | 4,09 |
Curitiba | 8,09 | 3,99 | 3,95 |
Brasília | 4,06 | 3,76 | 3,40 |
Brasil | 100,00 | 4,31 | 4,52 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Entre os índices regionais, o município de Campo Grande (6,85%) apresentou a maior variação em 2020, influenciada principalmente pela alta no preço das carnes (25,38%) e da gasolina (8,65%). O menor índice, por sua vez, foi registrado em Brasília (3,40%), onde pesaram as quedas nos preços das passagens aéreas (-20,01%), dos transportes por aplicativo (-18,71%), dos itens de mobiliário (-7,82%) e de hospedagem (-6,26%).
INPC fecha 2020 com alta de 5,45%
O INPC fechou 2020 com alta de 5,45%, acima dos 4,48% registrados em 2019. Os alimentícios tiveram alta de 15,53%, enquanto os não alimentícios variaram 2,60%. Em 2019, o grupo Alimentação e bebidas havia tido variação de 6,84% e, os não alimentícios, de 3,48%. A tabela a seguir apresenta os resultados por grupo de produtos e serviços.
INPC - Variação e Impacto por grupos - no ano | ||||
---|---|---|---|---|
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
2019 | 2020 | 2019 | 2020 | |
Índice Geral | 4,48 | 5,45 | 4,48 | 5,45 |
Alimentação e Bebidas | 6,84 | 15,53 | 2,07 | 3,42 |
Habitação | 3,86 | 5,69 | 0,71 | 1,00 |
Artigos de Residência | -0,60 | 5,30 | -0,03 | 0,24 |
Vestuário | 0,51 | -1,37 | 0,04 | -0,07 |
Transportes | 4,38 | 1,52 | 0,70 | 0,31 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 4,90 | 1,66 | 0,49 | 0,20 |
Despesas Pessoais | 4,56 | 1,26 | 0,34 | 0,10 |
Educação | 4,63 | 0,66 | 0,14 | 0,03 |
Comunicação | 0,69 | 3,58 | 0,02 | 0,22 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Entre os índices regionais, a maior taxa ficou com o município de Campo Grande (7,96%), especialmente por conta da alta nos preços de alguns alimentícios, como as carnes (29,01%) e o arroz (75,31%). A menor variação foi observada em Brasília (4,22%), influenciada pela queda nos preços das passagens aéreas (-20,01%) e de alguns itens de vestimenta, como as roupas femininas (-4,96%) e os calçados e acessórios (-4,87%).
INPC - Variação por regiões - no ano - 2020 e 2019 | |||
---|---|---|---|
Região | Peso Regional (%) |
Variação anual (%) | |
2019 | 2020 | ||
Campo Grande | 1,73 | 4,76 | 7,96 |
Rio Branco | 0,72 | 3,74 | 6,92 |
Recife | 5,60 | 3,59 | 6,56 |
Vitória | 1,91 | 3,63 | 6,55 |
Fortaleza | 5,16 | 4,96 | 6,32 |
Belo Horizonte | 10,35 | 4,45 | 5,85 |
São Luís | 3,47 | 4,45 | 5,58 |
São Paulo | 24,60 | 4,89 | 5,55 |
Porto Alegre | 7,15 | 4,11 | 5,22 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 4,07 | 5,08 |
Goiânia | 4,43 | 4,90 | 5,05 |
Salvador | 7,92 | 3,85 | 4,99 |
Curitiba | 7,37 | 4,31 | 4,75 |
Aracaju | 1,29 | 4,13 | 4,37 |
Belém | 6,95 | 5,76 | 4,32 |
Brasília | 1,97 | 3,52 | 4,22 |
Brasil | 100,00 | 4,48 | 5,45 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |