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Ato no Rio une metalúrgicos e petroleiros contra desemprego

Presidente Lula também participa de mobilização em frente ao estaleiro Mauá, em Niterói (RJ)

Escrito por: Luiz Carvalho • Publicado em: 24/08/2016 - 14:43 • Última modificação: 30/10/2024 - 08:48 Escrito por: Luiz Carvalho Publicado em: 24/08/2016 - 14:43 Última modificação: 30/10/2024 - 08:48

Com mais de 1,5 milhão de desempregados, a queda em 3,8% da economia nacional e a redução em 27% nos investimentos nos últimos dois anos, o modus operandi da operação lava-jato comandada pelo juiz Sérgio Moro representa um verdadeiro desastre para o país.

Ao mirar o CNPJ e não o CPF, a investigação promoveu a demissão de 335 mil trabalhadores no setor metalúrgico entre janeiro de 2015 e abril de 2016. Já a indústria naval passa por uma crise com a demissão de 21 mil trabalhadores, conforme apontam dirigentes de sindicatos da CUT.

Para denunciar esse cenário trágico para o país e cobrar a reversão do sucateamento de setores fundamentais ao desenvolvimento, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) e a CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos) promovem nesta quinta-feira (25), em frente ao Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), às 10h30, um ato que também contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A região foi escolhida por ser o principal polo da indústria naval nacional e já ter empregado 14 mil trabalhadores. Atualmente, são apenas 1.200.

Segundo o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, a categoria não é contra a investigação da corrupção que envolve a Petrobrás e afeta a cadeia produtiva, mas defende que o preço a pagar não seja o emprego.

“A ideia é sensibilizar a sociedade sobre os efeitos nefastos que a lava-jato tem causado, com o desmonte da indústria naval e a paralisação dos setores de óleo e gás, além da série de metalúrgicas que há em torno dele. Uma coisa é investigar, e para a investigação ser correta é preciso que não tenha preferência partidária, investigar corruptos de todas as siglas. Outra é paralisar um setor que já respondeu por 13% do PIB (Produto Interno Bruto)”, disse.

Para Rangel, o ideal seria que as delações premiadas fossem substituídas por acordos de leniência, aquele em que o empresário fecha a colaboração com a investigação, é punido, mas a empresa pode continuar a operar.

“Não dá para aceitar que os caras que roubaram cumpram prisão domiciliar em suas mansões, como o Nestor Cerveró e o Sérgio Machado, por terem feito delação premiada, e o trabalhador pague o pato com a sua demissão”, criticou.

Presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Paulo Cayres, destaca que lava-jato impede, inclusive, a conclusão de obras prestes a serem finalizadas  e que seriam fundamentais para o destravamento da economia.

“Queremos corrupto na cadeia, mas, do ponto de vista econômico, o que a lava-jato faz é um tiro no pé. Estávamos com a contratação definida para conclusão de obras como o porto de Suape e não pudemos renovar por determinação da operação. Por isso, precisamos alertar a sociedade e o trabalhador para que se mobilize e pressione quem não tem responsabilidade com o país”, apontou.

Fonte: www.cut.org.br

Título: Ato no Rio une metalúrgicos e petroleiros contra desemprego, Conteúdo: Com mais de 1,5 milhão de desempregados, a queda em 3,8% da economia nacional e a redução em 27% nos investimentos nos últimos dois anos, o modus operandi da operação lava-jato comandada pelo juiz Sérgio Moro representa um verdadeiro desastre para o país. Ao mirar o CNPJ e não o CPF, a investigação promoveu a demissão de 335 mil trabalhadores no setor metalúrgico entre janeiro de 2015 e abril de 2016. Já a indústria naval passa por uma crise com a demissão de 21 mil trabalhadores, conforme apontam dirigentes de sindicatos da CUT. Para denunciar esse cenário trágico para o país e cobrar a reversão do sucateamento de setores fundamentais ao desenvolvimento, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) e a CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos) promovem nesta quinta-feira (25), em frente ao Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), às 10h30, um ato que também contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A região foi escolhida por ser o principal polo da indústria naval nacional e já ter empregado 14 mil trabalhadores. Atualmente, são apenas 1.200. Segundo o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, a categoria não é contra a investigação da corrupção que envolve a Petrobrás e afeta a cadeia produtiva, mas defende que o preço a pagar não seja o emprego. “A ideia é sensibilizar a sociedade sobre os efeitos nefastos que a lava-jato tem causado, com o desmonte da indústria naval e a paralisação dos setores de óleo e gás, além da série de metalúrgicas que há em torno dele. Uma coisa é investigar, e para a investigação ser correta é preciso que não tenha preferência partidária, investigar corruptos de todas as siglas. Outra é paralisar um setor que já respondeu por 13% do PIB (Produto Interno Bruto)”, disse. Para Rangel, o ideal seria que as delações premiadas fossem substituídas por acordos de leniência, aquele em que o empresário fecha a colaboração com a investigação, é punido, mas a empresa pode continuar a operar. “Não dá para aceitar que os caras que roubaram cumpram prisão domiciliar em suas mansões, como o Nestor Cerveró e o Sérgio Machado, por terem feito delação premiada, e o trabalhador pague o pato com a sua demissão”, criticou. Presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Paulo Cayres, destaca que lava-jato impede, inclusive, a conclusão de obras prestes a serem finalizadas  e que seriam fundamentais para o destravamento da economia. “Queremos corrupto na cadeia, mas, do ponto de vista econômico, o que a lava-jato faz é um tiro no pé. Estávamos com a contratação definida para conclusão de obras como o porto de Suape e não pudemos renovar por determinação da operação. Por isso, precisamos alertar a sociedade e o trabalhador para que se mobilize e pressione quem não tem responsabilidade com o país”, apontou. Fonte: www.cut.org.br



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