A solicitação é baseada em investigações realizadas pela Procuradoria de Milão, que acusa um núcleo de funcionários e colaboradores da Telecom Italia de promover uma rede de espionagem ilegal, vender informações sigilosas no mercado negro e de aliciar políticos e servidores públicos com o objetivo de obter vantagens para a Telecom Italia. Depoimentos ouvidos pelos procuradores italianos sustentam que as práticas ilegais teriam ocorrido também no Brasil. "A Telecom Italia iniciou uma ofensiva, acompanhada por outros, com o objetivo de tirar partido de direitos que cabiam a terceiros em uma estrutura que foi montada para investimentos conjuntos", afirmou Dantas à Folha. A entrevista foi concedida por e-mail na última sexta-feira, dia 20. Pedido similar ao entregue por Dantas ao Procurador-Geral será encaminhado à Justiça de Milão. A principal testemunha dos procuradores italianos, Marco Bernardini, confirmou à Folha ilegalidades no Brasil. A assessoria da Telecom Italia explicou que, devido ao fuso horário, não conseguiu resposta até o fechamento da edição.