Mulher em todos os lugares
No Dia Internacional da Mulher é preciso lembrar a luta que elas enfrentam no dia a dia para superar os limites impostos por uma sociedade que ainda não aprendeu que sem a presença da mulher não há sustentabilidade universal. Mulheres em todos os lugares significa evolução compartilhada sem distinção de gênero. O preconceito que ainda existe é desprezível, uma vez que a essência feminina é permeada de amor, uma condição tão necessária para o fortalecimento das relações humanas.
Não podemos esquecer que esta data é uma homenagem às mulheres que morreram em uma fábrica têxtil de Nova Iorque, em março de 1857. As trabalhadoras entraram em greve para reivindicar a redução da carga horária de trabalho de 16 para 10 horas diárias. Naquela época, elas recebiam menos de um terço do salário dos homens. Devido ao movimento, foram fechadas na fábrica e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
É verdade que ainda no século XXI milhares de mulheres continuam sendo desrespeitadas, violentadas e assassinadas todos os dias no Brasil e no mundo. Não podemos fechar os olhos e tapar os ouvidos para essa realidade que muito nos envergonha. É preciso alertar que um país que não protege suas mulheres, principalmente aquelas que sobrevivem em situações vulneráveis, está condenado ao fracasso enquanto Nação.
No mundo do trabalho, muitas vezes as mulheres ocupam as mesmas funções que os homens, mas não recebem as mesmas remunerações e têm pouquíssimas oportunidades de ascensão profissional. Já no ambiente familiar, além de praticar jornada dupla de trabalho, é bastante comum assumir o papel de gestora do lar, seja por negligência ou por morte do parceiro. Por tudo isso, devemos reconhecer que a versatilidade da mulher e sua capacidade de agir diante dos desafios transcende tudo aquilo que pensamos sobre elas.
Desafiadora de si mesma. Talvez essa seja uma definição sobre a mulher contemporânea, que supera seus medos e vai à luta por igualdade, reconhecimento e inclusive valorização profissional. Neste Dia Internacional da Mulher, A FITRATELP e SINDICATOS FILIADOS reafirmam seu compromisso de luta em defesa dos direitos das companheiras mulheres trabalhadoras de call center, teleatendimento e telecomunicações de todo o Brasil.
Brasília, 8 de março de 2018