De acordo com Valim, como já competia antes com as duas empresas nos dois mercados separados, a união não muda nada em termos competitivos para a Net. Embora não demonstre temor frente a um concorrente mais pesado agora, Valim diz que a operação tira um competidor do mercado e que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverá olhar pra essa concentração antes da decisão. Ele lembrou que há recursos da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) e da Sky contra a operação. Além de depender de aprovação do Cade, a Anatel fez restrições em seu parecer ontem e exigiu a alteração do contrato de aquisição de participação na TVA em São Paulo, pois embora a fatia requerida seja de 19,9%, há a previsão de que as decisões da empresa só poderão ser tomadas com a concordância de todos os acionistas, o que poderia configurar poder de veto. Isso fere a norma que proíbe empresas de telefonia fixa de terem controle de empresas de TV a cabo na localidade em que atuam. Mesmo que a fusão seja aprovada, o presidente da Net não pensa em mudar suas estratégias e nem alterar política de preços. Não temos estratégia específica para São Paulo nesse sentido e nossa estratégia de preço é a mesma. Não há guerra de preço, mas temos um produto de melhor qualidade, afirma.