Segundo a especialista, o fato pode ser atribuído principalmente ao fato de 85% da base instalada ser de telefonia convencional, que ainda não atingiu o ciclo final de depreciação. "Além disso, muitas empresas brasileiras ainda precisam fazer um upgrade em suas redes para suportar voz, o que é um investimento caro", explica. Ainda segundo Crispin, o mercado brasileiro de telefonia IP já passou da fase de nascimento para a de crescimento. Hoje, trata-se do maior mercado da América Latina de IP PBXs, com uma participação de 38%. "Atualmente no Brasil os setores que mais investem neste tipo de tecnologia são o de outsourcing, financeiro, manufatura e utilities", comenta. Além disso, o mercado de telefonia tradicional no País tem sofrido uma queda anual de 11,8%. Para a Frost & Sullivan, a telefonia IP está se transformando em uma plataforma de aplicações, ou seja, uma solução que integra áudio, voz, vídeo, dados, aplicativos e mobilidade. No entanto, a gerente aponta alguns obstáculos a serem vencidos. "Ainda há necessidade de casos de sucesso em VoIP. Além disso, o fato das comunicações serem tão críticas para a empresa ainda gera receio em confiar na nova tecnologia", avalia Crispin.