A OI (ex-telemar), segundo o professor Marcos Dantas, já atua em regiões pobres com pouca cobertura de telefonia, o que vai favorecer os consumidores. “A empresa agora vai se apoiar numa estrutura mais forte, o que poderá favorecer o barateamento das tarifas, já que a empresa tem uma âncora mais forte em outras regiões”, disse Dantas.
Dantas disse ainda que, a compra da Brasil Telecom não favorece ao estabelecimento do monopólio das telecomunicações no país. “O monopólio sobrevive no Brasil com ou sem fusão dessas duas empresas. Claro que o monopólio vai continuar em regiões pobres, que despertam a atração de investimentos, mas nos grandes centros, o monopólio está descartado”, disse Dantas na audiência.
Segundo ele, é comum em cidades grandes, um domicílio doméstico chega a ter dois ou três aparelhos de telefone de operadoras diferentes. “Daí que a fusão vai favorecer o barateamento das tarifas”, avaliou.
Já a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações, Luzenira Linhares, disse que a fusão é resultado da privatização do setor, há dez anos, e isso “não resultou em melhoria salarial para quem trabalha nesse setor”. Segundo ela, “é preciso ficar atento para a relação com os trabalhadores diante da possibilidade de demissões”, declarou.
O grupo Oi (ex-Telemar), comprou o controle acionário da Brasil Telecom Participações - controladora da companhia telefônica Brasil Telecom - por valores que entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5,2 bilhões.