Após engavetar temporariamente as discussões da reforma da Previdência, a Eletrobras torna-se o novo alvo prioritário do governo ilegítimo de Michel Temer. Os trabalhadores do ramo, no entanto, há tempos, vêm realizando ações para impedir que a proposta de privatização do setor avance. Uma atividade importante está agendada para esta quarta (21): o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Distribuidoras de Energia Elétrica, que tem o objetivo de barrar a entrega das seis distribuidoras controladas pela empresa ao mercado privado. A atividade está marcada para 10h, no Plenário 2 da Câmara dos Deputados.
O objetivo do grupo é fortalecer ainda mais a luta para barrar a privatização das seis distribuidoras controladas pela Eletrobras, garantindo à população o acesso universal à energia elétrica.
Ainda na ocasião, os trabalhadores realizam a entrega de um requerimento com 260 assinaturas de parlamentares para que o Projeto de Decreto Legislativo 948, de 2001, que condiciona a privatização da Eletrobras mediante referendo popular, seja votado com urgência no plenário da Casa.
De acordo com o Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal (Stiu), o referendo popular é uma ótima oportunidade para debates técnicos e sociais, com a efetiva participação da sociedade na decisão sobre o futuro da Eletrobras.
Audiência Pública
Nesta terça (20), a categoria participou de uma audiência pública na Comissão de Serviços e Infraestrutura do Senado, que debateu o processo de privatização de áreas do setor de petróleo e gás natural, das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) e da Casa da Moeda.
O diretor do Stiu, Ikaro Chaves, defendeu a permanência da Eletrobras como empresa pública, de qualidade e a serviço da população, e relembrou o papel social da estatal ao longo de sua história. "Eficiência é interligar a Amazônia. Eficiência é colocar de 2003 até 2016, 15 milhões de brasileiros que estavam na escuridão no sistema elétrico. Eficiência é vender a energia mais barata do Brasil e, ainda assim, apresentando lucros", disse.
Nos próximos dias, representantes do Stiu intensificarão as visitas aos parlamentares para discutir estratégias de enfrentamento à privatização.
Fonte: CUT Brasília