"Esta é a questão que está sendo colocada", afirmou. "E o governo está perguntando, porque tem uma participação acionária muito grande atualmente", disse o ministro. Segundo ele, a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos fundos de pensão na Oi é de cerca de 40%.
"O governo está querendo saber do empresariado se é conveniente, se é o momento e se está na pauta deles. Se estiver, então o governo pode acenar com a mudança no PGO", disse Costa, referindo-se ao Plano Geral de Outorgas (PGO), instrumento que define a área de atuação de cada empresa. O PGO, combinado com a Lei Geral de Telecomunicações (LGT), impede, hoje, que uma concessionária se una a outra.
Bons olhos
Costa disse que tanto as empresas quanto o BNDES e os fundos já demonstraram que "vêem com bons olhos" a fusão. O ministro contou que conversou com a diretoria da Brasil Telecom e da Oi sobre a intenção do governo de estudar o assunto. "Ninguém chegou aqui e disse não mexa nisso", afirmou.
O presidente do grupo La Fonte, Carlos Jereissati, um dos acionistas da Oi, havia dito, na imprensa, que, se houvesse uma negociação entre Oi e Brasil Telecom, os fundos de pensão é que estariam qualificados para levar o assunto ao governo, e não pessoas "estranhas" ao ambiente das empresas.
Questionado sobre essa afirmação, Costa respondeu: "Eu não sou interlocutor de ninguém, sou ministro das Comunicações. O dia em que eu não puder ser o interlocutor na minha área, eu volto para o Senado. Eu tenho mandato com 3,5 milhões de votos, não preciso ficar aqui."