A Associação Nacional de Proteção aos Acionistas Minoritários entrou na Justiça, na terça-feira (23), com um pedido de afastamento do diretor jurídico da Oi, Eurico Teles. A base do pedido foi uma reportagem publicada pela revista ÉPOCA no final de semana mostrando que Teles se associou a um escritório de advocacia no Rio Grande do Sul para prejudicar clientes que processavam a companhia telefônica.
Na segunda-feira (22), a Justiça do Rio Grande do Sul acolheu a denúncia do Ministério Público que detalhou o caso. Eurico Teles e quatro advogados são acusados de formação de quadrilha, estelionato, patrocínio infiel e lavagem de dinheiro.
O presidente da Associação, Aurélio Porto, afirma: “Esta empresa [Oi] está em recuperação judicial em consequência de fraude, portanto, para que seja possível a recuperação, é absolutamente indispensável que um diretor denunciado, lesando a empresa, seja removido dos seus quadros”.
A Oi nega as acusações do Ministério Público e afirma que a OAB/RS e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, instados a se manifestar sobre o contrato (com escritório de advocacia) a pedido do delegado da Polícia Federal de Passo Fundo (RS), determinaram o arquivamento de processo disciplinar e do procedimento criminal, respectivamente.