A Embratel está aberta a estudar novas garantias para o governo brasileiro no que se refere ao controle da Star One, subsidiária para a área de satélite que presta serviços para o governo brasileiro. A garantia foi dada pelo presidente da Embratel, Carlos Henrique Moreira, durante participação na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito do Apagão Aéreo, que aconteu no Senado na manhã desta quarta-feira, 20. Ele destacou que a Star One oferece ao governo brasileiro garantias de qualidade, segurança, sigilo e continuidade dos serviços de comunicação por satélite de caráter estratégico. ??Se essas garantias não forem consideradas suficientes, estamos abertos a estudar novas?, afirmou Moreira, segundo matéria da Agência Senado. A resposta do executivo foi dada quando perguntado se a Embratel estaria disposta a garantir ao governo brasileiro o direito de dispor de ação especial, chamada golden share, que daria ao poder público o direito de influir nas operações da empresa. Moreira ressaltou, no entanto, que a Embratel apenas fornece espaço em seus satélites para os usuários que contratam o serviço, sendo que o próprio usuário é responsável pela forma de transmissão e também pela segurança para utilização do serviço. No caso dos serviços prestados à Aeronáutica, ele informou que a forma como a rede é usada e configurada é de responsabilidade das Forças Armadas. "Prestamos serviço ao Ministério da Defesa da mesma forma que prestamos a outros usuários, como a TV Senado, que usa satélites da Embratel para retransmitir seu sinal para todo o Brasil", disse. Cogitada à época da privatização, quando o grupo Telmex adquriu o controle da Embratel, a golden share voltou a ser foco das atenções há duas semanas, quando o ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que assunto voltaria a ser negociado com a operadora. Ele quer garantir que os satélites da Embratel tenham suas finalidades estratégicas de segurança nacional asseguradas às Forças Armadas. No Senado, o presidente da Embratel disse que, na prática, o governo já dispõe de total controle sobre a Embratel, já que os serviços de telecomunicações são objeto de concessão pública, sujeito a suspensão automática caso os requisitos não estejam sendo atendidos.