O superintendente de Radiofreqüência e Fiscalização da Anatel, Edilson Ribeiro dos Santos, informou, ontem, que a resolução (227, de junho de 2000) reserva outras freqüências para o serviço, nas faixas de 1,9 GHz e de 2,1 GHz.
Santos disse que propôs a revogação do texto para permitir a exploração do celular de 3ª geração, por empresa de telefonia móvel, em qualquer faixa de freqüência. A proposta está na procuradoria do órgão regulador e precisa ser aprovada também pelo conselho diretor.
E estratégia das empresas antecipar-se ao leilão da Anatel para a venda das freqüências reservadas para o 3G. O edital do leilão ainda não foi divulgado, e a expectativa é a de que isso ocorra ainda em outubro. A Anatel nega intenção de postergar a autorização à Telemig e à Claro para preservar o leilão. As operadoras, por sua vez, dizem que a antecipação não diminui o interesse delas pela compra de novas freqüências.
O celular de 3ª geração viabiliza o acesso à internet, sem fio, em alta velocidade. A primeira geração foi o celular analógico; a segunda foi o digital. A diferença para a terceira geração está na velocidade de transmissão de dados, que mudou a escala de competição entre as operadoras no mercado da chamada banda larga.
A transmissão em alta velocidade do 3G permite que o assinante veja seu interlocutor na tela do celular, com qualidade de imagem semelhante à da TV, entre outros serviços.
A maior mudança é no acesso à internet, com os modems para acesso à web podendo ser plugados tanto nos laptops como nos computadores de mesa. A concorrência vem derrubando os preços da banda larga na Europa, onde o 3G foi lançado em 2003.
A Telemig Celular fez demonstração pública de seu sistema em agosto, quando divulgou a intenção de iniciar a comercialização antes do Natal. A Claro não divulga a previsão de lançamento, mas a intenção de fazê-lo antes do Natal foi anunciada no México, em março, pelo diretor financeiro do grupo América Móvil, Carlos Garcia Moreno. A América Móvil controla o grupo Claro.