Fittel cobra manutenção de empregos na fusão Oi/Brasil Telecom

01/02/2008 - 00:00

Em nota oficial divulgada nesta quinta-feira (31/01), a Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel) manifestou preocupação com as notícias veiculadas na imprensa, dando conta de que o processo de fusão das concessionárias de telefonia fixa Oi e Brasil Telecom está adiantado.

"Na visão imediata da Fittel, a medida, amplamente apoiada pelo Governo Federal, tem pontos positivos para o país, mas pode trazer problemas ao setor de telecomunicações. Um deles é a redução dos postos de trabalho. Todos os trabalhadores e trabalhadoras das duas empresas vivem momentos de apreensão, pois não há informações concretas sobre o futuro do processo de gestão da nova empresa!, informa a Federação.

A Fittel "exige" que o trabalho de análise da operação, a ser procedido pela Anatel e o Ministério das Comunicações, "considerem este relevante aspecto social e ouça também os representantes dos trabalhadores".

Para a Fittel, um outro problema sobre a suposta fusão seria a "queda de qualidade da prestação dos serviços fixo e móvel". A entidade faz os seguintes questionamentos:

1 - O relacionamento com o usuário será melhorado?

2 - Quais os critérios que serão adotados pela nova empresa nesta relação?

3 - Haverá abertura de postos de atendimento presencial aos clientes?

4 - Os usuários das classes menos favorecidas serão atendidos?

5 - Será contratada mão-de-obra própria para as atividades fins?

6 - A indústria nacional de telecomunicação terá oportunidade de fazer parte do processo?

7 - Haverá um cronograma de treinamento para os trabalhadores, visando um atendimento diferenciado, compatível com o porte da nova empresa?

8 - Haverá salvaguarda para a não venda ao capital externo?

"Essas e outras questões devem ser respondidas com urgência principalmente pelo governo, sobre pena de que tenhamos um processo de criação de empresa e de não interesses para o país", disparou a Fittel, acrescentando que, "neste momento de mudanças, a classe trabalhadora seja incluída no debate, para que também exponha suas preocupações e coloque suas sugestões a respeito dessa nova realidade do setor de telecomunicações brasileira".