"Na visão imediata da Fittel, a medida, amplamente apoiada pelo Governo Federal, tem pontos positivos para o país, mas pode trazer problemas ao setor de telecomunicações. Um deles é a redução dos postos de trabalho. Todos os trabalhadores e trabalhadoras das duas empresas vivem momentos de apreensão, pois não há informações concretas sobre o futuro do processo de gestão da nova empresa!, informa a Federação.
A Fittel "exige" que o trabalho de análise da operação, a ser procedido pela Anatel e o Ministério das Comunicações, "considerem este relevante aspecto social e ouça também os representantes dos trabalhadores".
Para a Fittel, um outro problema sobre a suposta fusão seria a "queda de qualidade da prestação dos serviços fixo e móvel". A entidade faz os seguintes questionamentos:
1 - O relacionamento com o usuário será melhorado?
2 - Quais os critérios que serão adotados pela nova empresa nesta relação?
3 - Haverá abertura de postos de atendimento presencial aos clientes?
4 - Os usuários das classes menos favorecidas serão atendidos?
5 - Será contratada mão-de-obra própria para as atividades fins?
6 - A indústria nacional de telecomunicação terá oportunidade de fazer parte do processo?
7 - Haverá um cronograma de treinamento para os trabalhadores, visando um atendimento diferenciado, compatível com o porte da nova empresa?
8 - Haverá salvaguarda para a não venda ao capital externo?
"Essas e outras questões devem ser respondidas com urgência principalmente pelo governo, sobre pena de que tenhamos um processo de criação de empresa e de não interesses para o país", disparou a Fittel, acrescentando que, "neste momento de mudanças, a classe trabalhadora seja incluída no debate, para que também exponha suas preocupações e coloque suas sugestões a respeito dessa nova realidade do setor de telecomunicações brasileira".