"Encerra-se um longo período de decisões tomadas por um conselho incompleto." Ele estava-se referindo ao fato de a Agência ter ficado mais de seis meses com apenas três conselheiros, quando o quórum completo é de cinco. "Tenho certeza de que, neste momento histórico, vamos evoluir nas relações do Ministério, do Executivo e da Anatel", previu o ministro. Segundo ele, o governo será um estímulo para que a Anatel seja "forte, atuante e ágil, trabalhando em consonância com as aspirações da sociedade brasileira e do setor de telecomunicações e de acordo com as políticas públicas traçadas pelo governo, conforme determina a Constituição." Hélio Costa disse que são "muitos e árduos os desafios" e que, certamente, Sardenberg, com "sua habilidade de diplomata, tornará mais fluida a relação entre a política governamental para as telecomunicações e a execução dessas políticas pela agência." No discurso, o ministro disse que é necessário "um PAC para as comunicações" - uma referência ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) da economia, lançado pelo governo federal. Hélio Costa anunciou que até o final deste mês apresentará um "detalhado documento com políticas de comunicação para reger as relações do ministério e do governo com a agência que regula e fiscaliza" e citou as licitações que vêm sendo preparadas pela agência para a venda de licenças de telefonia celular de terceira geração (3G) e da banda larga sem fio (WiMAX). "O setor de telecomunicações tem a necessidade de tomar decisões rápidas, seguras e certas, que beneficiem tanto o mercado quanto o consumidor", afirmou o ministro. (Gerusa Marques) Relações A uma pergunta sobre se as relações do Ministério das Comunicações com a Anatel serão pacificadas, Costa riu e respondeu: "Já estamos em paz, nossa relação é muito boa e de altíssimo nível. E, mais do que nunca, agora, vamos ter um excelente relacionamento."