A migração de pulso para minuto pode aumentar a receita proveniente do serviço de voz. Na avaliação do diretor-geral da Telefônica, Stael Prata, a mudança no sistema de tarifação dará mais clareza ao assinante, que poderá comparar os custos da telefonia fixa com a celular, que já é tarifada em minuto. ??Poderemos ter um aumento de receita a partir da percepção do cliente de que o serviço é mais barato e isso poderá gerar aumento na utilização?, disse o executivo, que apresentou à imprensa nesta quarta-feira, 27, a última etapa da migração de pulso para minuto, que compreende a capital paulista. A mudança envolve 2,5 milhões de linhas no município e vai de 2 a 29 de julho, data final para que todos os assinantes de telefonia fixa tenham suas chamadas tarifadas em minuto. Em todo o estado, 52% da base passível de migração da Telefônica já está no novo sistema. No total, 8,8 milhões de assinantes se enquadram na migração. Os outros 3,5 milhões de assinantes da operadora têm planos alternativos, já cobrados em minutos. Os dados da Telefônica mostram que apenas 5% dos clientes que receberam contas em minutos nos últimos meses optaram pelo Plano Alternativo de Serviço de Oferta Obrigatória (PASOO), indicado para quem faz chamadas mais longas ou usa a internet discada. A grande maioria dos assinantes manteve-se no Plano Básico, indicado para quem faz chamadas mais curtas. Os estudos preliminares das operadoras indicavam que o Plano Básico atendia ao perfil de uso de 85% dos assinantes. Na opinião de Stael, a migração para o PASOO pode crescer nos próximos meses, depois que os usuários avaliem as primeiras contas emitidas pelo Plano Básico. A Telefônica planeja retomar a oferta ativa e a publicidade dos planos alternativos em agosto. As ações foram interrompidas por determinação da Anatel e surtiram impacto sobre a média de contratações registrada pela operadora. Em maio, quando a Anatel proibiu a oferta ativa dos planos alternativos, as vendas caíram entre 20% e 25%, segundo o diretor do segmento residencial da Telefônica, Márcio Fabbris. No mês seguinte, com o veto à publicidade, o impacto se acentuou. ??Na Linha Econômica, por exemplo, vendíamos entre 40 e 50 mil por mês e o volume caiu para 30 mil este mês?, disse. O investimento da Telefônica para a migração de pulso para minuto envolveu R$ 200 milhões, aplicados na modernização das centrais telefônicas e em mudanças nos sistemas de faturamento.