O Sinttel-RS informou à FITRATELP que já foi comunicado pela OI que haverá a troca de empresa terceirizada responsável pela instalação, manutenção e reparos de redes em toda a região sul. A partir de 1 de abril, a empresa RM será substituída pela SEREDE no RS, e a partir de 1 de maio, nos estados do Paraná e Santa Catarina.
Apesar de a OI ter confirmado que todos os empregados da RM vão ser migrados automaticamente para a SEREDE, inclusive os que tem ações trabalhistas contra a RM\OI, o Sinttel-RS manifestou contrariedade com o fato de que a RM está deixando um calote para trás, qual seja, o pagamento da PPR 2015 aos trabalhadores. Nossos companheiros do Rio Grande do Sul também reclamaram do fato de a RM não querer pagar as verbas rescisórias, o que geralmente ocorrem em transições como essa, já que não haverá recisões contratuais. Com essa medida os trabalhadores não terão acesso ao seu FGTS, tampouco a multa de 40 % do FGTS.
De fato, o Sinttel-RS já prevê problemas nesse processo, se a OI/SEREDE não honrar os compromissos assumidos pela RM em Acordo Coletivo. Os trabalhadores gaúchos não aceitam que a RM simplesmente acabe, deixando atrás de si uma dívida enorme de PPR 2015 com o conjunto dos trabalhadores. O Sinttel-RS também reivindica o pagamento das verbas recissórias (sempre foi assim em 20 anos de terceirização no RS), assim como o pagamento dos reajustes previstos para abril, contratação de veículos locados dos empregados, respeito ao plano de saúde contratado e cursos de qualificação profissional, ou seja, o respeito integral ao acordo coletivo atual assinado com a RM.
Diante das dificuldades que se anunciam e de todos os problemas que geralmente ocorrem em transições como essa, o Sinttel-RS convoca os trabalhadores para a mobilização em torno do sindicato. A FITRATELP também estará atenta aos desdobramentos dessa operação de migração dos trabalhadores da RM para a SEREDE e se junta ao Sinttel-RS nas ações que serão empreendidadas para garantir o emprego e os direitos dos trabalhadores.