Isto porque, refere a -Lusa- a legislação brasileira proíbe actualmente a fusão entre empresas cujas operações se desenvolvam em zonas distintas, dentro das três grandes áreas que estão definidas no quadro brasileiro de atribuição de licenças de telecomunicações.
O presidente da Telefónica, António Carlos Valente, citado pelo -Valor Online- defendeu que a criar-se esta grande empresa de telecomunicações de capitais maioritariamente brasileiros, todos os outros players do sector deverão ter liberdade para participar em operações semelhantes.
O responsável sustentou ainda que a lei deverá ser igual para todas as empresas, «independentemente da origem do capital ou da tecnologia».
Na semana passada, o ministro das Comunicações do Brasil, Hélio Costa, revelou que o governo brasileiro criou um grupo de trabalho para analisar a viabilidade da fusão entre Brasil Telecom e Oi e o interesse demonstrado pela Portugal Telecom em entrar no capital dessa futura empresa, capaz de lutar em igualdade de circunstâncias contra as gigantes Telefónica e Telmex.
Segundo a imprensa brasileira, este grupo de trabalho será presidido pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
Caberá a Coutinho desenvolver a engenharia financeira necessária à fusão da Brasil Telecom/Oi, com cujos presidentes já realizou encontros no âmbito do projecto, segundo os jornais brasileiros.