A taxa média de desemprego no país subiu de 11,7%, em outubro, para 12% no trimestre encerrado em janeiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE, divulgada hoje (27).
Na comparação com igual período de 2018 (12,2%), ficou relativamente estável. O total de desempregados aumentou para 12,669 milhões (crescimento de 3,6%), 318 mil a mais em três meses. A única modalidade de emprego que cresce é a de autônomos (trabalhadores por conta própria).
Segundo o IBGE, o número de ocupados (92,547 milhões) caiu 0,4% no trimestre (menos 354 mil) e cresceu 0,9% (mais 846 mil) em 12 meses. Mas, ao longo desse período, o que aumentou foram o emprego sem carteira assinada (320 mil) e, principalmente, o trabalho autônomo (719 mil), enquanto o emprego com carteira assinada perdeu 380 mil (-1,1%). No último trimestre, a modalidade por conta própria abriu 291 mil vagas.
A taxa da chamada subutilização da força de trabalho – pessoas que poderiam trabalhar mais tempo, mas não conseguiram – foi de 24,3%, patamar estável ante outubro (24,1%) e acima de janeiro do ano passado (23,9%). A população subutilizada somou 27,5 milhões, 671 mil a mais em 12 meses.
Já o desalento, que atinge 4,7 milhões de pessoas, ficou estável no trimestre e cresceu 6,7% em um ano. São 300 mil a mais nessa situação, de desistir de procurar trabalho.
Os empregados com carteira assinada no setor privado são 32,916 milhões, estável nas duas comparações. E os sem carteira somam 11,307 milhões, caindo no trimestre e crescendo em um ano. Os trabalhadores por conta própria totalizam 23,901 milhões, crescendo 1,2% e 3,1%, respectivamente.
Entre os setores de atividade, na comparação com janeiro de 2018, a maioria mostra registra estabilidade, de acordo com o IBGE. O instituto detecta crescimento em modalidades ligadas a serviços (como transporte, armazenagem, hospedagem e alimentação), além da administração pública, saúde e seguridade (540 mil vagas criadas). A indústria perde 200 mil e o comércio/reparação de veículos, 104 mil.
Estimado em R$ 2.270, o rendimento médio cresceu 1,4% no trimestre e ficou estável em 12 meses. A massa de rendimentos, calculada em R$ 205 bilhões, também mostrou estabilidade.
Fonte: RBA