Nesta quarta-feira (14), Brasília amanhecerá ocupada por milhares de mulheres trabalhadoras rurais de vários estados do Brasil na 6ª edição da Marcha das Margaridas. Caravanas de manifestantes já começaram a chegar e estão se concentrado no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.
De acordo com a organização da Marcha das Margaridas, as caravanas saem do Parque da Cidade as 7h desta quarta-feira e seguem em passeata à Esplanada dos Ministérios, onde será realizado um ato público a partir das 11h.
Para a secretária de Formação da Fitratelp, Luzenira Linhares Alves, a Macha das Margaridas se tornou a maior ação pública e coletiva das mulheres trabalhadoras, que lutam por respeito, dignidade, igualdade e direitos.
Ainda de acordo com a dirigente sindical, nas relações de trabalho as mulheres que ocupam as mesmas funções que os homens têm remunerações menores. “Vivemos em uma sociedade onde as mulheres continuam sofrendo preconceitos e discriminação. A macha vem chamar a atenção para os problemas que afetam as mulheres”, afirmou Luzenira.
A violência doméstica continua vitimando mulheres pelo país a fora e, em muitos casos, as medidas protetivas do Estado não são suficientes. “É alarmante o número de mulheres assassinadas todos os dias, mas o governo Bolsonaro permanece inerte sem uma política clara de proteção às mulheres”, desabafou a sindicalista.
A Fitratelp está participando ativamente e dando todo apoio à Macha das Margaridas, que este ano representa um grito de resistência contra a reforma da Previdência que retira direitos das mulheres, o desmonte da educação e toda forma de violência física e psicológica.
MARCHA DAS MARGARIDAS
A marcha das mulheres trabalhadoras rurais recebeu o nome de MARCHA DAS MARGARIDAS em homenagem à ex-líder sindical, Margarida Maria Alves. Ela foi assassinada em 1983, na porta de sua casa, por latifundiários do Grupo Várzea, na cidade de Alagoa Grande, Paraíba.
Edvaldo Ferreira